Da redação, AJN1
Os professores da rede municipal de Aracaju paralisaram as atividades por 24h nesta quarta-feira (17). A categoria cobra do prefeito Edvaldo Nogueira mais valorização e reajuste salarial. A suspensão das aulas foi deliberada durante assembleia realizada no último dia 11 de julho. Com isso, mais de 30 mil alunos ficaram sem aula nas 75 escolas do sistema.
Desde o início do dia que a categoria foi à rua para mostrar sua indignação à população. Para isso, montou um estande no calçadão da rua Laranjeiras, no Centro da Capital, onde deve permanecer até às 16h.
Segundo o presidente do Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindpema), Adelmo Menezes, os professores estão lutando por uma educação pública de qualidade e por respeito.
“O magistério aracajuano tem enfrentado um cenário sombrio, cheio de descaso, achatamento salarial e desvalorização, onde o prefeito Edvaldo Nogueira se recusa a receber pessoalmente a categoria, bem como a cumprir a lei federal que determina o reajuste salarial dos professores. Também é digno de repúdio que, no dia 25 de junho, a Lei de Diretrizes Orçamentárias para o ano de 2020 tenha sido aprovada sem emendas que garantem o reajuste salarial dos servidores”, explica o professor.
O que diz a Semed
Em nota enviada ao AJN1, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) diz que a gestão municipal mantém uma mesa de negociação permanente com os profissionais do magistério, tendo exposto em diversas ocasiões a real situação orçamentária do município e os desafios enfrentados em virtude do cenário econômico.
“No último mês de abril, em reunião entre representantes do Sindipema e os secretários municipais da Educação, Maria Cecília Leite, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Augusto Fábio Oliveira, foram apresentados os direitos da categoria que na gestão do prefeito Edvaldo Nogueira foram reconhecidos, como as titulações, abono permanência, avanço de letras e diversos outros que estavam represados há anos”.
Sobre o reajuste do piso salarial do magistério, instituído este ano pelo Ministério da Educação (MEC), a Semed esclarece que “foi de 4,17%, fixando o valor em R$ 2.557,74. Este é o vencimento inicial mínimo que deve ser pago aos profissionais da Educação Básica, com jornada de 40 horas semanais”.
E conclui, ao afirmar que “a Prefeitura de Aracaju tem cumprido a lei, pois, atualmente, o professor que ingressa na rede recebe um salário de R$ 2.560,99, e a média salarial paga aos educadores é de R$ 3.230,16. Além disso, o magistério de Aracaju tem direito a 50% da jornada para a realização de Estudos (tempo dedicado à formação continuada dos profissionais) e atividades técnico pedagógicas fora da escola.”