A pesquisa do Perfil da Agricultura Sergipana 2016/2017, uma publicação divulgada pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão de Sergipe (Seplag), destacou, dentre outros itens, a produção de arroz de Sergipe, que atingiu a marca de 2º maior do Nordeste, e também a 1ª do Brasil, em rendimento médio – de 7,2 toneladas por hectare, enquanto a média nacional é de 5,2 toneladas..
No período avaliado, através de dados das pesquisas de Produção Agrícola Municipal (PAM) e do Levantamento Sistema da Produção Agrícola, ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado registrou uma produção de 33.058 toneladas de arroz, com um valor de produção de R$ 26.299.000,00, no ano de 2016.
A produção de arroz no estado se concentra na região do Baixo São Francisco, com destaque para o município de Ilha das Flores, que ocupou a sexta posição do ranking nacional em rendimento médio de rizicultura, com produção de 11.267 toneladas, seguido pelos municípios de Neópolis (6.249 toneladas), Propriá (6.233 toneladas) e Brejo Grande (5.350 toneladas). Os quatro municípios responderam, nos anos de 2016 e 2017, por 88,02% de toda a produção estadual.
Investimentos
Outra pesquisa do IBGE, divulgada no ano passado, destacou a safra recorde de arroz em Sergipe no ano de 2017, de 54, 1 mil toneladas de grãos. Esses resultados são fruto das ações empreendidas pelo governo do Estado, em parceria com o governo federal, no desenvolvimento da agricultura familiar.
Isso porque, em 2016, o governo de Sergipe disponibilizou sementes e horas de trator para agricultores familiares e assentados rurais inscritos no Programa Garantia Safra das regiões do Baixo São Francisco e Médio e Alto Sertão sergipanos. A distribuição das sementes foi realizada pela secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), com a operacionalização da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). Na oportunidade, foram distribuídas 400 toneladas de sementes, beneficiando 1.000 agricultores do Baixo São Francisco, totalizando investimento na ordem de R$ 3 milhões.
Ou seja, governo investe na produção agrícola de arroz em diversas etapas, desde o abastecimento de sementes de qualidade, a disponibilização de auxílio aos trabalhadores rurais, até mesmo em incentivos para a produção, para que os rizicultores do Baixo São Francisco continuem despontando com destaque no cenário do arroz.
Para a secretária de Agricultura, Rose Rodrigues, o resultado positivo da pesquisa é consequência dos investimentos realizados nos últimos anos pelo governo, bem como pelos esforços dos rizicultores sergipanos. “Avalio de forma positiva o resultado, o qual o governo de Sergipe comemora o fato de ser o segundo maior produtor de arroz do Nordeste, um resultado que nos orgulha bastante. Além disso, estamos acima do ranking nacional em rendimento médio, com 7,2 toneladas por hectare. Os bons resultados vêm atrelados a condição de sementes de qualidade. Nesse campo em especial, o governador tem adquirido e distribuído de forma gratuita para os produtores rurais”, afirmou.
Rose destacou também os estudos sobre o cultivo do arroz orgânico, que vem crescendo nos últimos anos, através de capacitações feitas pelo Projeto Dom Távora – que também tem o apoio do governo do estado. “Em paralelo a isso, a partir de cobranças de movimentos sociais e agricultores organizados, estamos atendendo a possibilidade de se fomentar também o plantio do arroz orgânico. Inicialmente, estamos contribuindo através de seminários e palestras. Feito esse processo de escuta, em breve vamos adquirir sementes de arroz orgânico para distribuição”, complementou.
Perfil da Agricultura Sergipana
O Perfil da Agricultura Sergipana 2016/2017 aborda aspectos do desempenho da atividade agrícola, em 2016, no contexto regional e nacional, a influência dos índices pluviométricos nas principais culturas, destaca como as dez principais culturas de Sergipe: a laranja, a mandioca, a cana-de-açúcar, coco-da-baia, milho, batata doce, banana, abacaxi, manga e limão.
Além disso, demonstra a evolução da produção dessas culturas ao longo das duas últimas décadas, e ressalta, entre outros, o potencial agrícola do município de Lagarto, a consolidação da cultura da batata doce no Agreste Central Sergipano, a variabilidade da produção do feijão – cultura típica da agricultura familiar, a decadência da cultura do fumo, o novo cenário da cultura do milho, a queda na produção dos cítricos e do maracujá e, ainda, a necessidade da preservação e recuperação dos ambientes de restingas, como modo de assegurar o extrativismo da mangaba em Sergipe.
O Perfil da Agricultura Sergipana 2016/2017 é um documento de linguagem acessível, voltado tanto para as instituições e entidades que lidam com a agricultura e com as questões ambientais como aos produtores e agricultores familiares. Em suma, é um convite à reflexão das práticas, dos modelos de produção e de armazenamento dos grãos e das formas de aproveitamento e agregação de valor aos produtos agrícolas sergipanos.
Fonte: ASN