ARACAJU/SE, 19 de abril de 2024 , 10:47:54

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Sergipe tem queda de 5,2% em participação regional na indústria da construção entre 2009 e 2018

Sergipe perdeu participação na indústria da construção entre 2009 e 2018, segundo a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada hoje pelo IBGE. Em 2009, o valor das incorporações, obras ou serviços da construção no estado representavam 6,2% do total para o Nordeste, ao passo que, em 2018, esse percentual caiu para 5,2%.

Apesar do recuo em Sergipe, para a região Nordeste, como um todo, houve avanço da participação em âmbito nacional. Em 2009, o valor de incorporações, obras e serviços no setor representava 16,8% do total nacional, em 2018 esse percentual passou a representar 18,7%. Apenas as regiões Nordeste e Sul apresentaram avanço. A maior perda de participação veio da região Sudeste, que respondia por 54,5% do setor em 2009 e passou a representar 49,2% em 2018.

No Nordeste, Sergipe está acompanhado da Bahia (30,8% para 28,2%), Pernambuco (19,5% para 15,4%) e Maranhão (11,3% para 8,8%) no grupo de estados que perderam participação. Em 2009, a indústria da construção em Sergipe era maior do que as do Piauí, da Paraíba e de Alagoas. Em 2018, apenas o Piauí tinha uma indústria da construção menor do que a sergipana entre os estados da região Nordeste.

Mais empresas e menos pessoal

Nos últimos dez anos, a indústria da construção passou a contar com um número crescente de empresas atuantes. Essa é uma tendência generalizada, atingindo Brasil, todas as cinco grandes regiões e todos os estados da região Nordeste, por exemplo. Em Sergipe, eram 433 empresas atuantes na indústria da construção em 2018, ao passo que, em 2009, eram 284. Percentualmente, são 52,5% empresas a mais no setor. Numericamente, Sergipe tem a menor quantidade de empresas atuantes no setor entre os estados da região Nordeste.

Por outro lado, o número de pessoas ocupadas no setor caiu, embora a tendência, nesse caso, seja menos generalizada, com aumento de pessoal ocupado na região Sul e no estado do Ceará, por exemplo. Em Sergipe, eram 17.845 pessoas ocupadas em 2018. Em 2009, eram 21.338 pessoas. A redução em termos percentuais para esse indicador ficou em 16,4%. Numericamente, entre os estados do Nordeste, a quantidade de pessoas ocupadas no setor era maior do que no Piauí (16.439) e em Alagoas (15.912). Considerando as duas variáveis, tem-se que, em média, uma empresa na indústria da construção empregava cerca de 75 pessoas em 2009, mas, em 2018, ela passou a empregar, em média, 41 pessoas.

No que diz respeito aos valores gastos com salários, retiradas e outras remunerações, Sergipe registrou R$ 447,8 milhões em 2018, frente a R$ 261,6 milhões em 2009, sempre em valores correntes (valores informados no ano de referência da pesquisa, sem levar em conta o efeito da inflação).

Quando expresso em termos de salários-mínimos vigentes no ano de referência, o valor gasto é praticamente o mesmo. Em 2018, com o salário-mínimo em R$ 958, para cada pessoa ocupada na indústria da construção, foram gastos com salários, retiradas e outras remunerações R$ 25.096 (26,31 salários-mínimos no ano). Em 2009, com o salário-mínimo em R$ 465,00 a partir de 1º de fevereiro, o gasto por pessoa com remunerações ficou em R$ 12.259 (26,36 salários-mínimos no ano).

No caso dos custos de incorporação e das obras ou serviços da construção, em 2018 foram registrados R$ 934,7 milhões, frente a R$ 533,9 milhões em 2009, também em valores correntes. Em relação ao país, Sergipe é o 20º na ocupação de pessoal no setor da construção, com participação de 1,1%.

O estado de São Paulo está em 1º com 26,7%. Amapá, Acre e Roraima apresentaram as menores participações, com 0,2%. Já em relação ao valor das incorporações, obras e serviços da construção, Sergipe aparece em 21º, com 1,0% de participação. São Paulo permanece em primeiro com 29,6% e Amapá, Acre e Roraima permanecem com as menores participações (0,2%).

Não acompanhou retomada do PIB em 2018

Em uma análise do PIB brasileiro pela ótica da produção, percebe-se que o setor da construção foi o único que não acompanhou a recuperação da economia, sendo o único a apresentar um resultado negativo, com -3,8%. Ainda em âmbito nacional, na comparação com 2017, a PAIC identificou uma redução de 1,7% no número de pessoas ocupadas e uma variação, em termos reais, de -3,2% para salários e remunerações.

As informações constam em pesquisa do IBGE.

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