Diante de denúncias apresentadas por vereadores da capital sergipana acerca de supostas irregularidades nos contratos e na folha de pagamento do Hospital Cirurgia, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Luiz Augusto Ribeiro, informou nesta terça-feira (17), que vai autorizar a realização de uma auditoria especial na unidade.
Os vereadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde estiveram na reunião do Fórum Permanente de Combate à Corrupção de Sergipe (Focco/SE), ocorrida no TCE, da qual participou o conselheiro relator dos processos da área de controle da qual fazem parte os órgãos da Saúde no Estado e na capital.
“Como conselheiro da área, avisei na reunião que vou autorizar esta_MG_8002.JPG auditoria especial para que o Tribunal possa realmente ter um panorama da situação desses contratos. E, no final, vamos enviar o resultado do relatório para a CPI da Saúde, instalada na Câmara de Vereadores”, disse o conselheiro Luiz Augusto Ribeiro.
Para o presidente da comissão da CPI da Saúde, vereador Marcos Antônio Soares de Souza, o Seu Marcos, existe uma “má vontade” por parte da direção do Hospital Cirurgia, que não permitiu uma visita dos parlamentares às instalações da unidade de saúde na segunda-feira (16).
Segundo ele, a ideia era tentar entender como é realizada a triagem no atendimento, esclarecendo as localidades dos municípios dos pacientes, e quem pagaria a conta. “Temos notado que eles querem protelar a CPI; A prova maior foi ontem que não deixaram a gente fazer a visita”, colocou.
Coordenador estadual do Focco e procurador-chefe da República em Sergipe, Heitor Alves Soares disse durante a reunião do Fórum que a CPI tem poderes próprios de autoridade judicial, ou seja, tem poder de requisição. Diante disto, ficou acordado que, mediante o requerimento da CPI, o Focco vai disponibilizar o trabalho que foi realizado no âmbito da oncologia no Hospital Cirurgia.
“É preciso saber como o dinheiro está sendo aplicado e como resolver os problemas. Imputar desvio é muito fácil. O problema é corrigir esta estrutura para que o sistema funcione de forma adequada e preste um serviço de forma eficiente e de forma econômica ao poder público”, explica o procurador.
Fonte: Ascom TCE