ARACAJU/SE, 18 de setembro de 2024 , 11:49:32

AJN1 republica entrevista feita com Duda Lisboa em 2021

Duda Lisboa brilhou em Paris. Acaba de conquistar medalha de ouro, junto com Ana Patrícia. Confira o que disse Duda Lisboa em 2021, em entrevista ao Jornal Correio de Sergipe e ao portal AJN1. Na ocasião ela tinha conquistado o Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia e se preparava para os Jogos Olímpicos 2021.

 

 

Ela só tem 22 anos, mas é dona de um extenso currículo de vitórias acumuladas desde a adolescência. Sua última conquista foi o Circuito Brasileiro de Vôley de Praia, disputado nas praias de Saquarema-RJ, onde levou seis medalhas de outro. Eduarda Santos Lisboa, ou simplesmente Duda, como é mais conhecida, faz dupla com a paranaense Ágatha Bednarczuk. Elas estão classificadas para as Olimpíadas de Tóquio, adiadas para este ano, por conta da pandemia. Juntas fazem um trabalho intenso de treinos, de olho no ouro olímpico. Duda é filha da ex-atleta de Vôley  de Praia, Cida Lisboa, e não esconde o entusiasmo de participar do maior evento esportivo do mundo. O CORREIO DE SERGIPE teve uma conversa descontraída com a campeã natural de São Cristóvão-SE. Duda falou um pouco de sua rotina, seus sonhos e sua eterna saudade de casa. Confira:

CORREIO DE SERGIPE: Essa é a sua primeira vez como campeã brasileira de Vôley de Praia. Dever cumprido ou ainda tem muito trabalho pela frente?

DUDA: Foi minha primeira vez como campeã brasileira, acho que Ágatha é Tri. Mas foi a minha primeira vez e foi uma emoção enorme! Era um objetivo para o nosso time. Nós conseguimos! Esse é um dos meus sonhos conquistados. Tem ainda vários pela frente! Mas é especial conseguir conquistar o que você tanto almeja.

CORREIO DE SERGIPE: Inclusive, na sétima etapa do Circuito você jogou com muita dor e ainda assim sagrou-se campeã. Fale um pouco da experiência de jogar lesionada.

DUDA: Foi uma dor muito forte antes do jogo da semifinal. Foi estranho. Eu já sentia uma dorzinha no joelho direito, mas meu cisto inchou mais e começou a prender o meu joelho, e inchar e ficar sem mobilidade. Foi um pouco difícil, porque eu estava sentindo bastante dor e dificuldade de movimento, mas ser atleta é isso. Tem que conhecer seus limites e eu sabia que conseguiria, por mais que estivesse doendo. Foi importante para o meu crescimento, para a minha experiência como atleta. Jogando naquele momento foi saber o quanto eu poderia aguentar e nós conseguimos ganhar e foi bem legal, bem divertido.

CORREIO DE SERGIPE: Como está sua rotina para os jogos olímpicos?

DUDA: Estamos treinando bastante. A gente treina todo dia com bola, também na academia, físico, vai a psicólogo, estuda os jogos. O Circuito Mundial voltou. Então a gente vai jogar bastante o Mundial para chegar bem nas Olimpíadas.

CORREIO DE SERGIPE: O que podemos esperar de Duda em Tóquio?

DUDA: O que vocês podem esperar é torcer muito para mim [risos]. Eu vou fazer o meu melhor! Estou me dedicando muito, é um sonho de qualquer atleta. O meu sonho é chegar e ir bem, conquistar uma medalha e eu vou fazer o meu melhor. Vou me divertir, acho que vai ser o melhor dia da minha vida. Então vai ser bem especial e espero que todo mundo torça e a gente possa fazer o nosso melhor lá.

CORREIO DE SERGIPE: O Brasil é historicamente favorito no Vôley de Praia. Isso te tranquiliza ou é preciso ter muita cautela em Tóquio?

DUDA: O Brasil tem um histórico muito bom, acho que é muito bom para o nosso país. As pessoas sempre falam isso, mas a gente sabe o quanto trabalhou e faremos o máximo para irmos bem nas Olimpíadas.  A gente sempre quer ir lá e quer ganhar. Todo mundo vai para as Olimpíadas para ganhar. Mas eu vou fazer o meu melhor, independente do que acontecer. Eu me dediquei muito, nós nos dedicamos muito e eu acho que isso já traz uma confiança para jogar as Olimpíadas.

CORREIO DE SERGIPE: Existe alguma dupla muito difícil nessa Olimpíada?

DUDA: Acho que todas as duplas hoje em dia são bem difíceis. Antigamente era Brasil e Estados Unidos. Mas hoje, desde o primeiro ao último do ranking é muito difícil jogar contra. Então a gente tem que estar atenta em todos os times, estudar bastante e sempre tentar fazer o nosso melhor durante o jogo.

CORREIO DE SERGIPE: Até mesmo uma grande campeã como você tem alguma espécie de ritual antes de entrar num jogo?

DUDA: A maioria dos atletas tem sim um ritual. Meu ritual é me concentrar, colocar minha canga, botar um fone de ouvido com uma música que aquece o meu coração, que aquece dentro do jogo. Faço minha rotina de elásticos, rotina de aquecimento, mas o principal para mim é colocar a música que me deixa o coração quente para fazer melhor a partida.

CORREIO DE SERGIPE: Onde você está morando no momento?

DUDA:  Eu tô no meu quinto ano morando no Rio de Janeiro e é bem difícil a saudade porque eu fico longe de minha família, que é de São Cristóvão. Por sorte minha mãe treina outras meninas em Sergipe e eu consigo ficar bem pertinho dela. Isso tira um pouco da saudade, porque tem toda a minha família. É um pouco difícil, mas quando coloco alguma coisa na minha cabeça, que eu quero conquistar, ajuda a me tranquilizar um pouco. Eu sei que meus familiares vão estar sempre presentes e a qualquer momento eles podem estar perto de mim.

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