Ocupando cerca de 40% do território municipal, definida pela Lei Municipal 873, de 1o de outubro de 1982 e também regulamentada como Área de Diretrizes Especiais de Interesse Ambiental (AIA), a Zona de Expansão Urbana de Aracaju (ZEU) é uma região que vem atraindo contingentes populacionais e gerando algumas inconsistências urbanísticas, sociais e ambientais. Mesmo concentrando grandes dos vazios urbanos, nos últimos 30 anos o local teve um acréscimo de 22.702 habitantes, acarretando novas demandas e forçando o poder público a atar com mais regularidade nos complexos residenciais e estradas vicinais.
Conforme dados oficiais da Prefeitura de Aracaju de 2014, a Zona de Expansão concentra um total de 12.606 lotes, sendo 5.380 moradias, correspondendo a 42,67% do total dos lotes. Já os 6.854 terrenos desocupados, que representam 55,59% do total dos lotes da capital, ainda precisam ser melhores avaliados a fim de ganharem nova configuração que gere função social e potencialize a cadeia produtiva da área.
É justamente por conta de toda esta diversidade que a área deve ser analisada e readequada a partir de uma legislação que possibilite condições administrativas para futuramente possa ser socialmente justo, ambientalmente sustentável e urbanamente moderno. Este é o desafio do Comitê Temática que responsável pela revisão do O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Aracaju (PDDU) que em mais uma reunião ocorrida nesta quinta-feira, 5, na sede da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb).
De acordo com o secretário municipal da Infraestrutura e presidente da Emurb, Sérgio Ferrari, não se pode vislumbrar a vigência de um Plano Diretor que não inclua a Zona de Expansão dentro de um parâmetro moderno e humano dentro do espaço urbano. “O município não suporta os erros do passado que permitiram uma ocupação desordenada, provocando degradação ambiental e guetos sociais. O intuito do novo Plano é justamente corrigir estas falhas e projetar a Zona de Expansão para um patamar capaz de congregar proteção ambiental, empreendedorismo socioeconômico, políticas habitacionais ordenadas e infraestrutura interligada”, afirma o secretário.
Fonte: AAN