ARACAJU/SE, 6 de novembro de 2024 , 0:03:30

logoajn1

Operação da PRF e PF termina com saldo de 28 presos e um morto

Da redação, AJN1

 

A operação “Canto da Sereia”, deflagrada pelas políciais Federal e Rodoviária Federal nas primeiras horas desta sexta-feira (9), terminou com 28 pessoas presas e um morto. A Operação visa reprimir crimes de desvio e receptação de carga realizados por organização criminosa que agia em seis Estados. O prejuízo com a subtração dessas mercadorias pode ultrapassar a cifra de R$ 15 milhões.

 

Durante a ação, mais de 300 policiais das duas instituições federais cumpriram 84 ordens judiciais expedidas pela justiça de Sergipe, sendo 28 mandados de prisão preventiva, 7 mandados de prisão temporária e 49 mandados de busca e apreensão em cidades dos estados de Sergipe, Bahia, Alagoas, São Paulo, Mato Grosso e Goiás.

 

Em Sergipe os mandados judiciais foram cumpridos nas de cidades de Aracaju, Cristinápolis, Itabaianinha, Umbaúba, Boquim, Nossa Senhora do Socorro, Estância e Tobias Barreto. Nos demais estados as localidades são: Euclides da Cunha e Caldas do Jorro, na Bahia, Porto Calvo em Alagoas, Taubaté em São Paulo, Rondonópolis em Mato Grosso e Aparecida de Goiânia em Goiás. São donos de estabelecimentos comerciais, frentistas e outras pessoas apontadas no esquema de desvio de cargas. Os mandados foram cumpridos em residências e estabelecimentos comerciais.

 

De acordo com a PRF, dois caminhões carregados com pneus foram apreendidos na BR-101, no trecho de Rosário do Catete. As cargas seriam entregues a receptadores. No momento do flagrante, um homem reagiu, foi baleado e morreu no local.

 

O esquema

 

Desde a execução da Operação Subida da Torre (ação conjunta PF e PRF em dezembro de 2015) a conduta das quadrilhas que agiam na região sofreu modi?cações. Detectou-se que, apesar da diminuída prática de roubos reprimida pelas ações e policiamento ostensivo, vários desvios de cargas aconteceram no período nas BRs 101, 116 e 316 nas divisas entre os estados de Sergipe, Bahia, Alagoas e Pernambuco.

 

A ação do bando consistia em aliciar motoristas para que entregassem cargas de interesse da quadrilha e, em muitas vezes, a negociação era proposta pelo próprio motorista da carga, que oferecia a mercadoria aos aliciadores. Após a negociação o motorista registrava ocorrência policial como roubo em outro estado, para dissimular e di?cultar a investigação policial. A quadrilha movimentava estrutura de logística para transbordar, transportar, esconder e negociar a carga roubada junto à uma rede de receptadores, que compravam as mercadorias provenientes dos crimes para revender em seus estabelecimentos comerciais. 

 

Presos

 

Os presos nas cidades sergipanas foram ouvidos na Superintendência da Polícia Federal em Sergipe e, posteriormente, encaminhados ao Presídio de São Cristóvão. Os demais permaneceram no complexo prisional do respectivo estado. Os autores, nas medidas de suas participações, responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude à licitação, advocacia administrativa, falsa comunicação de crime e de organização criminosa. As penas culminadas podem superar 700 anos de prisão.

 

 

Você pode querer ler também