ARACAJU/SE, 20 de fevereiro de 2025 , 16:17:18

logoajn1

Cientistas da Fiocruz criam nova tecnologia para eliminar ovos de mosquito

 

A Fiocruz acaba de anunciar o desenvolvimento de uma nova isca para eliminar ovos de mosquito. A tecnologia foi desenvolvida por pesquisadores da sede pernambucana da instituição, em parceria com a Universidade da Califórnia, em Davis.

De acordo com a Fiocruz, a armadilha é capaz de capturar quase o dobro de ovos em relação aos métodos convencionais – que já são utilizados no Brasil. Essa nova isca é eficaz contra diversos mosquitos, incluindo o Aedes aegypti e o Culex quinquefasciatus, transmissores da dengue, zika e filariose.

A tecnologia é um aprimoramento armadilha Double BR-OVT, também desenvolvida pela Fiocruz. “O diferencial está na inclusão do extrato larval de Aedes aegypti, produzido a partir de larvas em estágio avançado, que são maceradas, filtradas e transformadas em isca líquida ou liofilizada. Para garantir que a armadilha não se torne um criadouro, o larvicida biológico Bti foi adicionado à mistura”, explica o comunicado da instituição sobre o tema.

Em testes realizados na Universidade Federal de Pernambuco, o artefato conseguiu capturar 70% dos ovos de mosquitos. “Essa técnica representa uma alternativa mais sustentável e segura para o controle de mosquitos, reduzindo a dependência de inseticidas químicos. Além de conter a população de vetores, ela também permite monitorar a densidade desses insetos, o que é fundamental para prevenir surtos de doenças”, destaca Gabriel Faierstein, uma das cientistas responsáveis pela pesquisa.

A Fiocruz destaca que o uso excessivo de inseticidas químicos tem gerado resistência nos mosquitos e impactos negativos no meio ambiente. Por isso, o desenvolvimento e a implementação de iscas são considerados essenciais pela instituição.

Atualmente, a produção do extrato larval em larga escala esbarra em barreiras logísticas, pois seria necessário criar biofábricas especializadas. Entretanto, a Fiocruz afirma que seus pesquisadores estão trabalhando em estratégias para simplificar o processo, como a identificação e síntese dos compostos ativos desse extrato.

Fonte: Revista Galileu

Você pode querer ler também