ARACAJU/SE, 14 de setembro de 2025 , 12:36:31

Como se proteger do PhantomCard, malware usa tecnologia de aproximação para roubar dados do cartão

 

As tecnologias estão avançando, mas os golpes também. Agora, criminosos estão apostando em um malware chamado PhantomCard, que utiliza o NFC, tecnologia presente em grande parte dos smartphones e que permite pagamentos por aproximação, para roubar dados de usuários.

Quem faz o alerta é Adrianus Warmenhoven, especialista em cibersegurança da NordVPN. Segundo ele, o PhantomCard é um malware sofisticado e que se disfarça como aplicativos legítimos, explorando brechas de confiança dos usuários.

“O malware induz o usuário a encostar seu cartão físico no celular, prometendo funcionalidades falsas, como a digitalização do cartão para pagamentos. Esse simples gesto, porém, entrega ao trojan as informações necessárias para clonar os dados do cartão. Em segundos, o criminoso pode replicar a identidade financeira da vítima e realizar transações não autorizadas”, descreve Warmenhoven.

O trojan é originário da China e distribuído como malware-as-a-service (crime cibernético disfarçado de serviço). O especialista diz que o foco são usuários do sistema Android e a exploração da tecnologia NFC.

Os grupos de cibercriminosos vendem o acesso ao PhantomCard em fóruns clandestinos, permitindo que golpistas menos técnicos também explorem a ferramenta. “Isso amplia a escala e a velocidade da disseminação do ataque”, diz o especialista.

Para ele, apesar de sua escala internacional, o Brasil se tornou um dos principais alvos por três fatores: o primeiro é a popularidade do Android no país, o que oferece uma base gigantesca de potenciais vítimas; o segundo é a adoção massiva de bancos digitais e, por consequência, alta digitalização bancária; e, por fim, o histórico de ataques bem-sucedidos no Brasil, que vira um terreno fértil, com alto retorno para criminosos.

Como se proteger

Segundo Warmenhoven, para mitigar os riscos, nunca aproxime seu cartão físico do celular, a menos que seja em aplicativos de pagamento verificados, como Google Pay ou carteiras oficiais do banco. Outra dica é instalar aplicativos apenas da Play Store oficial e evitar links enviados por SMS, e-mail ou redes sociais.

“Também é essencial revisar permissões de aplicativos, desconfiando de apps que pedem acesso ao NFC, permissões de administrador ou sobreposição de tela sem justificativa clara. Outra medida preventiva é desativar o NFC quando não estiver em uso, reduzindo a superfície de ataque. O uso de aplicativos de segurança móvel também contribui para detectar malwares avançados e fortalecer a proteção contra ameaças digitais”, lista o especialista.

Outra recomendação é manter o sistema operacional atualizado, instalando correções de segurança assim que disponíveis, além de monitorar transações bancárias e ativar alertas via SMS ou e-mail permite identificar movimentações suspeitas rapidamente.

“A intuição também deve ser levada em conta: se um aplicativo solicita informações estranhas, desinstale-o imediatamente e reporte ao banco ou à Play Store. Reportar aplicativos suspeitos aos canais oficiais contribui para a remoção rápida das ameaças”, conclui.

Fonte: Época Negócios

 

 

 

 

 

 

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