ARACAJU/SE, 22 de setembro de 2025 , 18:39:08

Entenda por que os planetas se movem

 

O campo da astronomia gera muitas dúvidas em torno do seu funcionamento em meio a planetas, estrelas e asteroides. Um dos questionamentos mais frequentes se refere ao porquê de os planetas se moverem. E a resposta mais curta é bastante simples: para continuar existindo.

A partir de diversas análises feitas ao longo do tempo, a ciência concluiu que, caso os planetas não girassem em volta de alguma estrela, certamente seriam tragados por ela.

Embora esse movimento seja uma estratégia fundamental de sobrevivência no Universo, não necessariamente seja fácil de executar, uma vez que os planetas precisam se deslocar em velocidade muito precisa e específica.

Por que os planetas se movem?

Um dos conceitos básicos que norteiam essa conclusão é a inércia. Todos os planetas possuem uma inércia, ou tendência a não modificar a sua velocidade, nem em quantidade, nem em direção. Então, se não houver nenhuma força, um corpo celeste vai continuar estático se inicialmente estiver em repouso, ou pode continuar a se mover em linha reta e na mesma velocidade caso esteja em deslocamento.

Itziar Garate Lopez, professora de física na Escola de Engenharia de Bilbao, e membro do Grupo de Ciências Planetárias da Universidad del País Vasco, é pesquisadora do tema e faz uma metáfora do cotidiano para ilustrar esse processo que acontece com os planetas.

Segundo Lopez, ao acelerar um carro, nosso corpo é pressionado levemente para trás por causa de uma tendência natural em querer manter a velocidade anterior em que estava. Mas, ao frear, o corpo é empurrado para frente, pois a inércia desloca o corpo para continuar com a velocidade superior que tinha experimentado antes.

Mas algo diferente pode acontecer a um objeto quando uma força perpendicular à direção da velocidade inicial acontecer, o percurso vai se curvar. Ao lançar uma bola de determinada altura de forma horizontal, por exemplo, a força da gravidade vai modificar o seu caminho.

Caso um corpo sofra essa força durante um período muito extenso, e caso não haja nenhum obstáculo em seu caminho, é possível que a trajetória se feche em si mesma e ocasione um percurso circular.

Ou seja, para que um planeta execute um giro em torno de sua estrela é imprescindível que exista um equilíbrio muito específico e preciso, isto é, a força que atrai o planeta para o centro da órbita (a chamada força da gravidade) deve ser igual à força que o expulsa dessa órbita (a força centrífuga).

Em linhas gerais, Lopez salienta que se a velocidade de um planeta for superior à velocidade de equilíbrio, ele vai se distanciar, estando cada vez mais longe da estrela, tornando-se um planeta vagante e solitário deslizando pelo universo.

Por sua vez, caso a velocidade de um planeta seja menor do que a velocidade de equilíbrio, ele vai cair em direção ao centro da órbita e muito provavelmente vai ser engolido por essa estrela.

A origem dos planetas geralmente está relacionada com algum colapso gravitacional de uma nuvem molecular, que acaba por gerar “grumos” de tamanhos astronômicos.

E, caso algum evento cósmico ocorra próximo, como a explosão de uma supernova, a força desse estrondo vai gerar uma acumulação de massa, atraindo e compactando os “grumos” que posteriormente vão virar um corpo celeste unificado. E é assim que dentro de milhões de anos vão nascer estrelas e planetas.

Ao longo desse processo, esses corpos celestes vão encontrando, à medida do possível, o seu próprio ritmo no Universo, e o que acontece a seguir é uma espécie de seleção natural. Apenas aqueles planetas que alcançarem a velocidade correta para a distância que os separa do Sol vão sobreviver.

Fonte: Olhar Digital

 

 

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