Com a chegada de novembro, é hora de acompanhar os fenômenos astronômicos mais destacados e contemplar a Lua, as estrelas e suas movimentações no céu. Neste mês, os observadores astronômicos verão conjunções de corpos celestes, belas chuvas de meteoros e uma Superlua – a última de 2024.
National Geographic reuniu os principais destaques astronômicos do mês. Veja a seguir.
As conjunções entre a Lua e outros planetas
Segundo a definição da Nasa (a agência espacial norte-americana), “uma conjunção é um fenômeno celeste no qual dois planetas, um planeta e a Lua, ou um planeta e uma estrela, aparecem juntos no céu noturno da Terra”, o que pode ser interessante de ser observado.
Em novembro, a primeira conjunção ocorreu nessa terça-feira (5), quando a Lua – que esteve em sua fase crescente – e o planeta Vênus se encontraram no céu e apareceram muito próximos um do outro, detalha o Farmers’ Almanac, um compêndio de conhecimento sobre clima e outros assuntos que vem sendo publicado desde 1818. Mais tarde, no dia 11, uma segunda-feira, a Lua estará em conjunção com Saturno.
Alguns dias depois, no dia 17 (um domingo), haverá outra conjunção marcante entre a Lua e o planeta Júpiter. Ambos os objetos poderão ser vistos a olho nu, embora um telescópio possa tornar a experiência ainda melhor.
Finalmente, em 20 de novembro (uma quarta-feira), haverá uma conjunção entre a Lua e Marte. Os dois corpos celestes poderão ser vistos a olho nu ou com um binóculo, explica o Instituto Nacional de Astrofísica, Ótica e Eletrônica do México e a revista especializada Space.
Chuvas de meteoros de novembro: quando elas irão ocorrer?
O clima das noites de primavera do Hemisfério Sul e a atividade de meteoros que terá em novembro convidam você a apreciar o céu noturno. Isso porque neste mês irão ocorrer três chuvas de meteoros.
Quando o material meteórico entra em contato com a atmosfera da Terra, ele se vaporiza e deixa um rastro brilhante que costuma ser informalmente chamado de “estrela cadente”. Muito material meteórico cai na Terra todos os dias, mas quando a quantidade aumenta, isso é chamado de “chuva de meteoros” ou “chuva de estrelas”, explica a Nasa.
As Taurídeas do Sul serão o primeiro evento desse tipo no mês. Ele apresenta meteoros do cometa 2P/Encke, que está ativo desde setembro, e continuará até a primeira semana de dezembro, com pico de atividade visto na noite de 4 para 5 de novembro (de segunda para terça-feira). Nessa noite, em especial, foram vistos cerca de cinco meteoros por hora.
Já durante a noite de 11 para 12 de novembro, as Taurídeas do Norte chamarão a atenção dos observadores. O fenômeno, que está ativo desde 13 de outubro, continuará até o dia 2 de dezembro. Ele é “muito semelhante às Taurídeas do Sul, só que se tornou ativo um pouco mais tarde nesse ano”, afirma a Nasa.
Como a primeira chuva de estrelas do mês, as Taurídeas do Norte também terão uma atividade de cinco meteoros por hora durante o pico, diz a Sociedade Americana de Meteoros, uma organização científica sem fins lucrativos fundada em 1911 para informar, alertar e apoiar atividades de pesquisa.
Em seguida, outro conjunto de “estrelas cadentes” encerrará o mês: as Leônidas, cujo pico máximo de observação ocorrerá na noite de 16 para 17 de novembro (de sábado para domingo). A taxa máxima que as pessoas poderão observar será de 15 meteoros por hora e serão vistos olhando para o nordeste.
Para ver as chuvas de meteoros, a Nasa sempre recomenda encontrar um local escuro, longe da poluição luminosa e aguardar alguns minutos para que os olhos se ajustem à escuridão e detectem as “estrelas cadentes”.
Quando será a última Superlua do ano? Saiba mais sobre a Superlua do Castor
Na noite de 15 de novembro, uma sexta-feira, a observação do satélite da Terra será especialmente interessante, pois poderemos ver uma Superlua. De acordo com a definição da agência espacial dos Estados Unidos, uma Superlua ocorre quando a órbita da Lua está mais próxima da Terra ao mesmo tempo em que está em sua fase cheia.
Quando isso ocorre, o astro é percebido como ligeiramente mais brilhante e maior do que uma lua cheia normal.A Lua cheia do Castor, como esse evento é conhecido, será a quarta e última Superlua do ano.
Ela é chamada de Superlua do Castor porque, no Hemisfério Norte, os castores estão ocupados e ativos nessa época do ano, terminando de construir suas tocas para se proteger antes do início do inverno.
Fonte: National Geographic Brasil