Observadores experientes e amadores do céu poderão acompanhar os fenômenos astronômicos interessantes durante o mês de março. O terceiro mês do ano dá as boas-vindas ao outono no Hemisfério Sul e à primavera no Hemisfério Norte. Além disso, 2025 trará dois eclipses (um solar e um lunar) e um efeito visual que produz o “desaparecimento” dos anéis de Saturno temporariamente.
A National Geographic reuniu as informações mais importantes sobre esses eventos. Continue lendo para saber em detalhes quando eles ocorrerão.
Uma Lua vermelha será vista em março
Os observadores do céu que gostam de ter uma boa visão da Lua devem reservar um espaço em suas agendas durante a noite de 13 de março (ou nas primeiras horas de 14 de março, dependendo de seu fuso horário). Nesta data, a Lua passará pela sombra da Terra e ocorrerá um eclipse, diz a Nasa (agência espacial estadunidense).
Em alguns países como os Estados Unidos, este evento será visto como um eclipse solar total, diz a Nasa. Em outras palavras, todo o satélite estará na umbra (a sombra da Terra). Quando isso acontece, a Lua parece estar tingida com uma cor vermelho-alaranjada. Por esse motivo, ela é chamada de “Lua de sangue”.
Embora não seja necessário nenhum equipamento especial para ver este eclipse, binóculos ou um telescópio melhorarão a capacidade de visão. Além disso, encontrar um local longe das luzes ajudará a acompanhar melhor o evento no céu.
Quando ocorre o equinócio de outono?
Poucos dias depois, em 20 de março, ocorrerá o equinócio de outono no Hemisfério Sul e o equinócio primaveril (ou vernal) no Hemisfério Norte, diz o Royal Museums Greenwich (RMG) – uma organização composta por quatro museus em Greenwich, a leste de Londres, na Inglaterra.
“Os equinócios ocorrem quando nenhum dos hemisférios está inclinado em direção ao Sol ou afastado dele e há aproximadamente o mesmo número de horas de luz do dia e de escuridão”, explica a organização.
O dia em que os anéis de Saturno “desaparecerão” de vista
Conforme já foi comentado por um artigo de National Geographic de janeiro de 2025, os anéis de Saturno não serão mais visíveis da perspectiva da Terra por alguns meses.
Isso é possível porque os anéis característicos do sexto planeta do Sistema Solar são finos e parecem invisíveis quando vistos de lado, diz o Instituto Smithsonian (uma organização educacional dos Estados Unidos que realiza pesquisas científicas e históricas, além de administrar museus locais).
“Como a Terra e Saturno viajam ao redor do Sol em suas respectivas trajetórias orbitais, nosso planeta chega a esse ponto de observação específico, como um relógio, aproximadamente a cada 13 a 16 anos”, continua a fonte.
Da perspectiva da Terra, “a visão de Saturno alterna entre a parte superior de seus anéis, quando ele está inclinado em nossa direção, e a parte inferior, quando está inclinado na direção oposta. Temos uma visão especial do planeta sem anéis quando a Terra muda de uma perspectiva para a outra e passa pelo “plano dos anéis” de Saturno. Como refletem pouca luz, os anéis são difíceis de ver nesse momento, conclui o Smithsonian. Esse fenômeno ocorreu pela última vez em 2009.
Março traz também um eclipse solar parcial
Ainda antes do final do mês, haverá um eclipse solar parcial que poderá ser acompanhado em 29 de março, de acordo com a Nasa. Como o alinhamento da Terra, do satélite da Terra e do Sol não será perfeito, a Lua bloqueará apenas parte do Sol e ele será visto como uma Lua crescente.
O fenômeno será presenciado principalmente em Quebec, no Canadá, mas também no noroeste da África, em grande parte da Europa e no noroeste da Rússia, observa o “Farmers’ Almanac”, um compêndio de conhecimento sobre clima, preservação da terra e muito mais, publicado desde 1818.
“A América do Sul experimentará uma visão mais fraca do evento, já que a penumbra atingirá somente partes do Suriname, da Guiana Francesa e do estado do Amapá (no norte do Brasil)”, acrescenta a fonte.
Como a estrela não será completamente coberta, os observadores devem usar proteção adequada para os olhos (como óculos para eclipse, por exemplo) durante todo o tempo em que estiverem assistindo ao fenômeno, pois olhar diretamente para o Sol pode causar sérios problemas de saúde oculares.
Fonte: National Geographic Brasil
