A Mastercard pretende acabar com os 16 algarismos do número do cartão de crédito (PAN) e com a necessidade de senhas até 2030.
Segundo o presidente da companhia no Brasil, Marcelo Tangioni, o fim do PAN está mais perto, já que a “tokenização” acaba eliminando esse número e 40% das transações já são tokenizadas no Brasil.
Para acabar com a necessidade de inserção manual dos dados do cartão e o uso de senhas temporárias ou estáticas nos próximos cinco anos, a Mastercard vai combinar tokenização com autenticação biométrica para criar um pagamento seguro e sem interrupções.
“Para isso, temos de coordenar com vários atores da cadeia de valor, para que todos andem de forma coordenada, inclusive com os fabricantes de celular”, explicou o executivo em almoço anual com a imprensa.
Neste ano, a Mastercard está investindo em três grandes pilares, no mundo e no Brasil: “click to pay”, que armazena dados de cartões de forma criptografada e, assim, permite a finalização de compras com poucos cliques; “passkey”, que é justamente o sistema de autenticação biométrica; e pagamentos B2B, em verticais como PMEs, viagem/entretenimento e B2B* (pagamentos das empresas para fornecedores).
Sobre o cenário macroeconômico, Tangioni diz que a percepção de que a inflação ajuda as bandeiras de cartão é mentira.
“Isso é uma miopia, pode até ajudar um pouquinho no curto prazo, mas no médio e longo prazo é péssima. A inflação corrói o poder de consumo das pessoas. A alta de juros é o remédio. Se conseguirmos manter o nível de desemprego baixo e a massa salarial em patamares interessantes, o consumo vem de forma saudável”, disse.
Fonte: Valor Econômico