A TV 3.0, nova geração da televisão digital, foi um dos grandes destaques da Consumer Electronics Show 2025 (CES 2025), realizada em Las Vegas. Conhecida também como ATSC 3.0, a tecnologia promete transformar a experiência televisiva, oferecendo maior qualidade de imagem e som, além de recursos interativos e personalizados. Com funções avançadas, como transmissão em resolução 4K e integração com serviços on-line, o novo padrão tem atraído a atenção de grandes fabricantes e especialistas.
Recursos avançados e qualidade superior
Entre as principais vantagens da TV 3.0 estão a melhoria significativa na qualidade audiovisual e a ampliação das possibilidades de interação com o conteúdo exibido. Segundo informações divulgadas pela Advanced Television Systems Committee (ATSC) – organização internacional responsável pelo desenvolvimento de padrões para a televisão digital –, a nova tecnologia permitirá transmissões com suporte a HDR e Dolby Atmos, tecnologia de som envolvente, proporcionando imagens mais realistas e uma experiência sonora imersiva, semelhante à de cinemas. Modelos compatíveis com o padrão já foram anunciados por marcas como Samsung, Sony, Panasonic e TCL, que apresentaram suas novidades durante a feira.
Outro aspecto que chama a atenção é a personalização do conteúdo oferecido ao telespectador. Por meio da integração com a internet, será possível acessar informações complementares em tempo real durante a exibição de programas e eventos ao vivo. Esse tipo de recurso tem sido apontado como um dos principais diferenciais em relação à TV digital atual, abrindo caminho para uma nova era na comunicação televisiva.
Adesão global e perspectivas para o Brasil
Com cerca de 76% dos lares norte-americanos já conectados à TV 3.0, a expectativa é de que a tecnologia se torne um padrão global nos próximos anos. No Brasil, o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD) recomendou a adoção do ATSC 3.0 como padrão nacional, com previsão de início das transmissões em 2025. Especialistas consultados pelo site da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) apontam que essa transição representa um marco importante na evolução tecnológica do país.
Fonte: VEJA