ARACAJU/SE, 19 de novembro de 2024 , 14:33:40

logoajn1

Uso excessivo de telas pode antecipar a puberdade e acelerar crescimento ósseo

 

Um estudo apresentado no 62º Encontro Anual da Sociedade Europeia de Endocrinologia Pediátrica revelou que a exposição à luz azul, emitida por dispositivos como smartphones e tablets, pode acelerar o crescimento ósseo e antecipar a puberdade em ratos.

Os achados levantam preocupações sobre o impacto do uso excessivo de telas no desenvolvimento de crianças, que estão cada vez mais expostas a essas tecnologias desde cedo. A puberdade precoce é causada pelo aumento antecipado dos hormônios sexuais no sangue. Existem algumas causas possíveis, como genética, causas orgânicas ou ambientais.

O que é a puberdade?

É a fase de transição entre a infância e a idade adulta, marcada por mudanças físicas, emocionais e hormonais. No período, o corpo começa a se desenvolver e a adquirir características adultas, como o crescimento de pelos corporais, mudanças na voz e o desenvolvimento dos órgãos reprodutivos.

Pesquisadores da Universidade Gazi, na Turquia, analisaram os efeitos da luz azul em 36 ratos (18 machos e 18 fêmeas) de 21 dias. Eles foram divididos em três grupos e expostos diariamente a ciclos normais de luz ou a ciclos de seis horas e 12 horas de luz azul.

Os ratos expostos a seis ou 12 horas de luz azul por dia tiveram um crescimento mais rápido e começaram a puberdade mais cedo em comparação com aqueles expostos à luz normal.

Apesar dos achados significativos, Aylin Kılınç Uğurlu, líder do estudo, ressaltou que os resultados não podem ser aplicados diretamente a humanos. No entanto, os dados sugerem que “a exposição prolongada à luz azul acelera tanto o crescimento físico quanto a maturação da placa de crescimento, levando à puberdade precoce”.

Os pesquisadores planejam aprofundar o estudo para entender os efeitos de longo prazo da exposição à luz azul na infância e adolescência, e identificar medidas preventivas para o uso seguro de telas no desenvolvimento infantil.

Fonte: G1

Você pode querer ler também