ARACAJU/SE, 23 de outubro de 2024 , 4:17:50

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Lei Rouanet: Lula autoriza R$ 16,5 bilhões, maior valor em mais de 20 anos

 

O valor aprovado para projetos culturais via Lei Rouanet em 2023 chegou ao recorde histórico de R$ 16,5 bilhões.

É mais do que o quádruplo do que aprovou o governo de Jair Bolsonaro em 2022 (R$ 3,6 bilhões, em valores corrigidos pela inflação). O valor de 2023 também supera a soma de tudo o que foi aprovado pelo governo Bolsonaro em quatro anos (R$ 15,2 bilhões).

Os dados foram compilados pelo Poder360 no sistema Salic do Ministério da Cultura. O recorde anterior era de 2011, durante o governo de Dilma Rousseff, quando tinham sido aprovados R$ 5,4 bilhões (R$ 10,7 bilhões em valores corrigidos).

A aprovação de um projeto cultural na Lei Rouanet significa que ele tem autorização para captar recursos de pessoas físicas ou jurídicas. Quem escolhe contribuir com o projeto tem esse recurso deduzido do imposto de renda.

Ou seja, o governo abdica de receber os recursos que forem efetivamente doados às iniciativas culturais. A autorização para captação não significa que a despesa será feita. Há muitos projetos que têm a aprovação do governo, mas não conseguem captar os recursos.

Áreas com mais aprovações

O Ministério da Cultura aprovou em 2023 que 10.676 projetos fizessem captação de recursos. A área mais contemplada foi artes cênicas (3.606 projetos). Depois, seguem: música (2.996), humanidades (1.473) e artes visuais (1.266). A área de humanidades inclui uma série de produtos, como literatura, obras de referência e de história.

Eis as áreas que receberam mais recursos:

– Aartes cênicas – R$ 4,4 bilhões;

– Música – R$ 4,0 bilhões;

– Artes visuais – R$ 2,3 bilhões

– Patrimônio cultural – R$ 2,0 bilhões

– Museus e memória – R$ 1,8 bilhão

– Humanidades – R$ 1,3 bilhão

– Audiovisual – R$ 0,7 bilhão

Por região

A promessa de descentralizar os recursos culturais não resultou em grandes mudanças em 2023.

No último ano do governo Bolsonaro, 67,9% dos recursos da Rouanet aprovados eram para o Sudeste. Neste ano, a proporção foi semelhante: 68,4%.

O Nordeste foi a única região que teve crescimento significativo na proporção das aprovações. Passou de 8,2% dos recursos para 10%. Centro-Oeste, Norte e Sul tiveram pequenas reduções.

Fonte: Poder360

 

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