ARACAJU/SE, 4 de julho de 2025 , 22:40:02

Museu Nacional reabre 7 anos após incêndio; previsão de reabertura total é para 2027

 

O Museu Nacional reabriu as portas para visitação do público nesta quarta-feira (dia 2), sete anos após o incêndio que destruiu parte do acervo. Os visitantes agora podem conhecer a mostra “Entre Gigantes”, com peças como o meteorito Bendegó, que resistiu às chamas de 2018. Parte do trabalho de restauro, ainda em andamento na construção, também pode ser vista. Ao todo, foram necessários 500 milhões de reais, dos quais alguns aportes ainda estão pendentes.

Camilo Santana, ministro da Educação, comentou sobre os repasses financeiros e anunciou a abertura total do palácio para 2027.

— Foram 330 milhões já captados. Faltam 170 milhões para serem captados ainda. O governo federal trará mais recursos — disse Santana.

— Queremos abrir temporariamente três ambientes para acesso, aos poucos. Esse ato tem um simbolismo forte. São 207 anos desse espaço. Ele passou pelo incêndio em 2018, todo o Brasil acompanhou. É um espaço educacional e científico que vai gerar oportunidades para pessoas do Rio de Janeiro e de todo o país. Neste bloco 1, várias etapas foram reconstruídas: a fachada, o telhado… Nesse espaço, também há o esqueleto da baleia, que dizem ser cearense —

O projeto todo exigirá mais de 500 milhões de reais para completar toda a entrega. O BNDES repassou 50 milhões de reais. Será preciso completar com mais de 140 milhões de reais.

— Faltam de 140 a 160 milhões de reais. É um esforço também da iniciativa privada, da Vale, do Bradesco, da organização Amigos do Museu. Quero cumprimentar os trabalhadores que estão atuando nessa reconstrução. Será um espaço importante do ponto de vista acadêmico, científico e cultural. Temos recebido coleções do mundo inteiro. Será um grande espaço nessa cidade maravilhosa que é o Rio de Janeiro — disse o ministro da Educação.

O público precisará retirar o ingresso numa plataforma digital chamada Sympla.

Roberto Medronho, reitor da UFRJ, avaliou como simbólica a reabertura:

— É com muito orgulho e com muita alegria que hoje estamos aqui. O ministro Camilo Santana não tem poupado esforços na alocação de recursos do MEC. O Museu é um ícone educacional e científico, uma instituição de reputação internacional. Estamos buscando, na restauração, preservar ao máximo o que era no início. Hoje é um marco simbólico do início do processo de abertura. Quero reforçar o apoio dos financiadores e dizer meu muito obrigado ao ministro e também ao presidente da República.

Andrea Costa, vice-presidente do museu, e porta-vozes dos projetos informaram que, para preservar a segurança do patrimônio, houve investimento em itens tecnológicos como chuveiros e sprinklers de água.

— Para a comunidade do museu, é um momento especial. Desde o início, passamos pelas etapas da fachada e do telhado. Mas a abertura dessa exposição é a primeira vez que as pessoas vão poder ver o meteorito Bendegó e acervos novos, como é o caso do esqueleto da baleia. Isso tudo só está sendo possível porque existe um grupo enorme de apoiadores. Eu gostaria de fazer um agradecimento especial ao Camilo Santana, que desde o início tem feito aportes importantes, e também para nossa área de pesquisa. O Museu Nacional vai além desse espaço histórico. É o primeiro espaço de pesquisa do país em história antropológica das civilizações. Aqui é primordialmente um espaço de pesquisa desde o início da fundação do museu. É simbólico e grandioso estarmos passando por esse momento agora. A comunidade tem resistido e se envolvido com a alma para a gente reabrir.

A visitação temporária permitirá que o público veja de perto itens simbólicos do museu, como o meteorito Bendegó — que resistiu ao incêndio de 2018 — e o esqueleto de um cachalote.

Fonte: InfoMoney

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