O agronegócio brasileiro brilha novamente no cenário global, segundo o mais recente ranking da Forbes. A JBS, controlada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, lidera como a maior empresa do agro com impressionantes R$ 416,85 bilhões em receita, reafirmando a força da proteína animal no país.
Marfrig e Cargill aparecem logo atrás, consolidando a posição do Brasil como potência no setor de alimentos.
O levantamento revela que as dez maiores companhias do agronegócio somaram R$ 1,120 trilhão em 2024, um crescimento de 4,16% em relação aos R$ 1,076 trilhão registrados em 2023.
O desempenho evidencia a resiliência do setor, mesmo diante de desafios econômicos e climáticos, reforçando a importância estratégica da produção nacional no abastecimento interno e na exportação.
Retrato financeiro do topo
Entre essas líderes, há diversificação de segmentos: três atuam em Proteína Animal, três em Alimentos e Bebidas, duas em Comércio e Tradings, uma em Agroenergia e outra em Celulose, Madeira e Papel.
Esse equilíbrio mostra que, além da carne, o agronegócio brasileiro se destaca em setores complementares, ampliando seu alcance e influência no mercado global.
O crescimento consistente reflete investimentos em tecnologia, logística e sustentabilidade, pilares que mantêm o país competitivo. Com receitas bilionárias e presença internacional, essas empresas não apenas movimentam a economia, mas também moldam tendências e padrões globais no agronegócio.
O recorte privilegia indicadores financeiros, especialmente a receita líquida anual, e amplia a leitura estratégica do agro. Além disso, a composição setorial evidencia a diversificação de modelos de negócio. Assim, o ranking expõe cadeias integradas que combinam originação, processamento, logística e energia.
Top 10 empresas do agro em 2024
JBS — R$ 416,85 bilhões.
Marfrig Global Foods — R$ 144,15 bilhões.
Cargill — R$ 126,4 bilhões.
Bunge Alimentos — R$ 81,7 bilhões.
Ambev — R$ 79,74 bilhões.
Raízen Energia — R$ 78,45 bilhões.
Copersucar — R$ 54,08 bilhões.
BRF — R$ 53,62 bilhões.
Grupo Amaggi — R$ 44,87 bilhões.
Louis Dreyfus Company Brasil (LDC) — R$ 42,97 bilhões.
Movimentos estratégicos das líderes
A Marfrig consolidou sua disciplina financeira ao antecipar quase R$ 5 bilhões em dívidas e completar, em 2024, a sétima queda trimestral consecutiva na alavancagem. Por outro lado, a Cargill, companhia familiar criada nos EUA, amplia sua presença em energia e logística.
A Bunge, de origem holandesa, sustenta a liderança em originação e processamento de soja e trigo.
A Ambev, fruto da fusão entre Antarctica e Brahma em 1999, opera em 18 países com um portfólio que inclui bebidas não alcoólicas. Enquanto isso, a Raízen diversifica suas receitas com açúcar, etanol, distribuição de combustíveis, geração renovável e lubrificantes, reforçando o papel da agroenergia no mix do setor.
Ponta inferior do top 10
A Copersucar integra 38 usinas no Brasil e 17 destilarias de etanol de milho nos Estados Unidos, atendendo a 70 países com logística multimodal. Em 2024, registrou R$ 54,08 bilhões em receita e uma moagem 23% maior na safra 2023/24, em comparação com os 19,3% do setor.
O Ebitda da Copersucar superou R$ 1,1 bilhão, e a empresa entrou no mercado livre de energia ao adquirir 50% da NewCom. Por sua vez, a BRF, criada em 2009 após a união de Sadia e Perdigão, segue como grande exportadora de frango, com mais de 30 marcas e produção de 5 milhões de toneladas para 120 países.
O Grupo Amaggi, de capital 100% nacional, comercializa quase 20 milhões de toneladas de grãos e fibras e produz, em fazendas próprias, mais de 1,5 milhão de toneladas de soja, algodão e milho. Além disso, mantém um Capex médio anual de R$ 1,2 bilhão há 10 anos, somando R$ 12 bilhões.
No Brasil há 82 anos, a francesa LDC atua em café, algodão, grãos, oleaginosas, arroz e açúcar. Em 2023, reforçou as exportações ao comprar a Cacique, maior exportadora de café solúvel do país, sediada em Londrina (PR).
Fonte: Capitalist
															




