ARACAJU/SE, 4 de novembro de 2025 , 0:20:58

Agronegócio: saiba quais são as 10 empresas brasileiras que lideram cenário global

 

O agronegócio brasileiro brilha novamente no cenário global, segundo o mais recente ranking da Forbes. A JBS, controlada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, lidera como a maior empresa do agro com impressionantes R$ 416,85 bilhões em receita, reafirmando a força da proteína animal no país.

Marfrig e Cargill aparecem logo atrás, consolidando a posição do Brasil como potência no setor de alimentos.

O levantamento revela que as dez maiores companhias do agronegócio somaram R$ 1,120 trilhão em 2024, um crescimento de 4,16% em relação aos R$ 1,076 trilhão registrados em 2023.

O desempenho evidencia a resiliência do setor, mesmo diante de desafios econômicos e climáticos, reforçando a importância estratégica da produção nacional no abastecimento interno e na exportação.

Retrato financeiro do topo

Entre essas líderes, há diversificação de segmentos: três atuam em Proteína Animal, três em Alimentos e Bebidas, duas em Comércio e Tradings, uma em Agroenergia e outra em Celulose, Madeira e Papel.

Esse equilíbrio mostra que, além da carne, o agronegócio brasileiro se destaca em setores complementares, ampliando seu alcance e influência no mercado global.

O crescimento consistente reflete investimentos em tecnologia, logística e sustentabilidade, pilares que mantêm o país competitivo. Com receitas bilionárias e presença internacional, essas empresas não apenas movimentam a economia, mas também moldam tendências e padrões globais no agronegócio.

O recorte privilegia indicadores financeiros, especialmente a receita líquida anual, e amplia a leitura estratégica do agro. Além disso, a composição setorial evidencia a diversificação de modelos de negócio. Assim, o ranking expõe cadeias integradas que combinam originação, processamento, logística e energia.

Top 10 empresas do agro em 2024

JBS — R$ 416,85 bilhões.

Marfrig Global Foods — R$ 144,15 bilhões.

Cargill — R$ 126,4 bilhões.

Bunge Alimentos — R$ 81,7 bilhões.

Ambev — R$ 79,74 bilhões.

Raízen Energia — R$ 78,45 bilhões.

Copersucar — R$ 54,08 bilhões.

BRF — R$ 53,62 bilhões.

Grupo Amaggi — R$ 44,87 bilhões.

Louis Dreyfus Company Brasil (LDC) — R$ 42,97 bilhões.

Movimentos estratégicos das líderes

A Marfrig consolidou sua disciplina financeira ao antecipar quase R$ 5 bilhões em dívidas e completar, em 2024, a sétima queda trimestral consecutiva na alavancagem. Por outro lado, a Cargill, companhia familiar criada nos EUA, amplia sua presença em energia e logística.

A Bunge, de origem holandesa, sustenta a liderança em originação e processamento de soja e trigo.

A Ambev, fruto da fusão entre Antarctica e Brahma em 1999, opera em 18 países com um portfólio que inclui bebidas não alcoólicas. Enquanto isso, a Raízen diversifica suas receitas com açúcar, etanol, distribuição de combustíveis, geração renovável e lubrificantes, reforçando o papel da agroenergia no mix do setor.

Ponta inferior do top 10

A Copersucar integra 38 usinas no Brasil e 17 destilarias de etanol de milho nos Estados Unidos, atendendo a 70 países com logística multimodal. Em 2024, registrou R$ 54,08 bilhões em receita e uma moagem 23% maior na safra 2023/24, em comparação com os 19,3% do setor.

O Ebitda da Copersucar superou R$ 1,1 bilhão, e a empresa entrou no mercado livre de energia ao adquirir 50% da NewCom. Por sua vez, a BRF, criada em 2009 após a união de Sadia e Perdigão, segue como grande exportadora de frango, com mais de 30 marcas e produção de 5 milhões de toneladas para 120 países.

O Grupo Amaggi, de capital 100% nacional, comercializa quase 20 milhões de toneladas de grãos e fibras e produz, em fazendas próprias, mais de 1,5 milhão de toneladas de soja, algodão e milho. Além disso, mantém um Capex médio anual de R$ 1,2 bilhão há 10 anos, somando R$ 12 bilhões.

No Brasil há 82 anos, a francesa LDC atua em café, algodão, grãos, oleaginosas, arroz e açúcar. Em 2023, reforçou as exportações ao comprar a Cacique, maior exportadora de café solúvel do país, sediada em Londrina (PR).

Fonte: Capitalist

 

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