ARACAJU/SE, 29 de outubro de 2024 , 22:36:17

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Após declaração de Haddad sobre falta de previsão para anúncio de medidas de corte de gastos, dólar fecha em maior valor em mais de três anos

 

O dólar disparou e fechou a R$ 5,76 nesta terça-feira (29), no maior patamar desde 29 de março de 2021. A subida reflete o desconforto do mercado com o cenário fiscal brasileiro. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou mais cedo que o conjunto de medidas de contenção de gastos, a ser apresentado pela área econômica do governo, ainda está em análise pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e não há uma data para ser divulgado.

Questionado sobre a possibilidade de fechar as medidas antes de uma possível viagem à Europa, no início de novembro, o ministro afirmou que não há uma data limite e que a decisão sobre o cronograma ficará a cargo de Lula. Haddad destacou que tem avançado nas discussões com o presidente e também tem dialogado bastante com o ministério do Planejamento e Orçamento.

Refletindo esse cenário de incerteza e ainda em meio ao nervosismo com a disputa presidencial nos EUA, o dólar à vista fechou o dia em alta de 0,95%, cotado a R$ 5,7625. Em outubro, a divisa acumula elevação de 5,75%.

Ao longo do dia, a moeda norte-americana chegou a oscilar pontualmente em baixa ante o real, mas as cotações se mantiveram em alta na maior parte do tempo.

Ibovespa

O Ibovespa fechou com um declínio modesto nesta terça-feira, em mais uma sessão de volume financeiro abaixo da média, com agentes financeiros à espera de medidas fiscais prometidas pelo governo, enquanto Santander Brasil recuou mais de 5% após resultado trimestral e visão conservadora para expansão do crédito.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,37%, a 130.729,93 pontos, após avançar a 131.764,7 pontos na máxima e recuar a 130.693,36 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou R$ 17,12 bilhões, de uma média diária de R$ 23,5 bilhões no ano.

Fontes: Reuters e Terra

 

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