ARACAJU/SE, 30 de janeiro de 2025 , 14:27:23

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BC decide novo patamar dos juros nesta quarta (29)

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) encerra nesta quarta-feira (29) sua primeira reunião do ano. O novo patamar da Selic — a taxa básica dos juros do país —, que se encontra atualmente em 12,25% ao ano, deve ser divulgado por volta de 18h30.

O encontro do colegiado iniciado na terça-feira (28) marca também a primeira decisão de juros de Gabriel Galípolo como o mais novo presidente do Banco Central (BC).

Em sua última reunião, em dezembro de 2024, o Copom adiantou que voltaria a elevar a Selic em um ponto percentual agora em janeiro. O mercado aposta que os diretores do BC vão cumprir com seu guidance.

Caso se confirme, será a quarta vez seguida que o colegiado eleva o ritmo de aperto dos juros.

A taxa iniciou o ano de 2024 caindo de 11,75% em janeiro para 10,5% ao ano em maio. Após isso, se manteve na mesma faixa até setembro, quando voltaram novamente as altas na Selic. O avanço foi mantido em todas as reuniões desde então.

Para 2025, o boletim Focus divulgado na segunda-feira (27) apontou que os juros devem terminar em 15%, mesma previsão das últimas três semanas.

A convergência da inflação à meta e a evolução da dinâmica da inflação foram os fatores citados pelo BC, na época, que irão ditar a magnitude do aperto monetário.

No ano passado, a inflação ficou em 4,83%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número estoura a meta estabelecida em 3%, com tolerância máxima de 1,5% para mais ou para menos. Ou seja, o teto seria uma inflação em 4,5%.

Essa foi a oitava vez que o Banco Central descumpriu a meta da inflação desde 1999, quando o sistema foi criado.

Foi assim que o trabalho de Gabriel Galípolo à frente da autarquia deu o pontapé inicial. Ele teve de enviar uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando o estouro do teto da meta da inflação em 2024.

A autoridade monetária indicou no documento que o ciclo de aperto será mantido até que a inflação esteja adequadamente controlada e dentro das metas definidas pelo governo.

“Diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, antevê, em se confirmando o cenário esperado, ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões [do Copom]”, escreveu.

O cenário para este ano também foi projetado por Galípolo em carta, que indicou que o IPCA ficará acima da meta até o terceiro trimestre de 2025entrando depois em trajetória de declínio, mas ainda permanecendo acima da meta.

Fonte: CNN Brasil

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