ARACAJU/SE, 5 de fevereiro de 2025 , 20:08:00

logoajn1

Bradesco alerta e sinaliza que Brasil pode entrar em recessão econômica ainda neste ano

 

O economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, apontou que o Brasil corre o risco de entrar em recessão já no segundo semestre de 2025. Em entrevista ao programa VEJA Mercado, Honorato afirmou que a projeção leva em consideração o atual cenário de juros elevados e a desaceleração da economia.

“O Banco Central foi assertivo ao dizer em seu comunicado que há possibilidade de a economia esfriar mais do que o imaginado. É exatamente o que nós esperamos. Nós antevemos que, com os juros a 15,25% ao ano, nossa projeção atual, a economia brasileira estará em recessão no segundo semestre deste ano”, explicou o economista.

Honorato mencionou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro será impulsionado pela agricultura no primeiro trimestre de 2025, mas que a desaceleração do consumo e dos investimentos se refletirá negativamente a partir do segundo e terceiro trimestres.

“O agro será um espetáculo em 2025 e vai inflar o PIB no primeiro trimestre. Entretanto, já veremos o consumo e o investimento esfriarem no segundo trimestre, e a nossa expectativa é que o PIB seja ligeiramente negativo no terceiro trimestre”, concluiu.

Maior rombo da série histórica por estatais federais

As estatais federais não financeiras registraram um déficit de R$ 6,7 bilhões em 2024, segundo dados do Banco Central (BC).

O valor representa o pior resultado desde o início da série histórica, em 2001, e supera em mais de três vezes o recorde anterior, de R$ 2 bilhões, registrado em 2014. Em 2023, o déficit havia sido bem menor, de R$ 656 milhões.

O resultado considera empresas como Correios, Infraero, Casa da Moeda, Serpro, Dataprev e Emgepron, mas não inclui a Petrobras e bancos federais.

O Ministério da Gestão apontou os Correios como principal fator para o aumento do déficit, com prejuízo de R$ 3,2 bilhões em 2024. Infraero e Casa da Moeda também estão entre as estatais que preocupam.

Na contramão dos números vermelhos, o maior superávit da série histórica foi registrado em 2019, sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL), quando as estatais tiveram saldo positivo de R$ 10,3 bilhões.

Fonte: Conexão Política

Você pode querer ler também