O Brasil criou 1.483.598 empregos formais em 2023, divulgou nesta terça-feira (30) o Ministério do Trabalho e Emprego. Houve uma queda de 26,3% em comparação com 2022, quando o país registrou 2.013.261 novas vagas com carteira de trabalho assinada. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
A criação de empregos em 2023 foi a menor desde 2020, o primeiro ano da pandemia de covid-19. Segundo o Ministério do Trabalho, houve 23,26 milhões de admissões contra 21,77 milhões de desligamentos, o que forma o saldo de 1,48 milhão de empregos formais.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse, em agosto de 2023, que seria possível atingir 2 milhões de empregos criados. Em outubro, citou que haveria dificuldade para cumprir a meta.
O Ministério do Trabalho disse que, em 2023, houve 3,28 milhões de contratações e 3,03 milhões demissões consideradas “não típicas” – quando são trabalhadores aprendizes, intermitentes, temporários, contratados por Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física (CAEPF) e com carga horária até 30 horas. O saldo dessas contratações foi de 255.383 empregos novos.
O Brasil registrou saldo positivo na criação de empregos pelo terceiro ano consecutivo. Apesar disso, desacelerou nos últimos dois anos. A abertura de postos de trabalho caiu 27,6% em 2022 e 26,3% em 2023.
O setor de serviços foi o que mais contratou em 2023, com 886.223, seguido de comércio (276.528 contratações líquidas), construção (158.940), indústria (127.145) e agropecuária (34.762).
Dezembro de 2023
O Brasil fechou 430.159 vagas em dezembro. Foi o pior desempenho entre todos os meses de 2023, mas o resultado negativo é comum para o mês. O fechamento de vagas foi menor que em 2022, quando houve saldo negativo de 455.544.
Todos os principais setores tiveram queda de empregos no mês, com destaque para serviços (-181,9 mil), indústria (-111,0 mil) e construção (-75,63 mil).
Salário médio
O salário médio real de admissões em dezembro foi de R$ 2.026,33, com redução R$ 6,52 em termos reais (considerada a inflação) em relação a novembro. Em comparação com dezembro de 2022, houve uma alta real de R$ 40,17.
Fonte: Poder360