O Brasil caiu para a 10ª posição no ranking das maiores economias do mundo, segundo levantamento da Austin Rating com base em projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI). A desvalorização do real frente ao dólar foi determinante para tal queda.
Em 2024, o dólar ultrapassou a marca de 6 reais, ao acumular uma alta de 27% frente ao real. Essa elevação cambial, a maior dos últimos quatro anos, impactou diretamente o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, agora estimado em 2.188 bilhões de dólares.
Com isso, o Brasil perde a 9ª posição para o Canadá, que tem grandes chances de se manter nesse posto em 2025.
Os dados oficiais do PIB brasileiro de 2024 serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apenas em 7 de março, mas as projeções já indicam essa movimentação no ranking.
Quinze maiores economias do mundo, segundo o FMI
O FMI aumentou a expectativa de crescimento do PIB brasileiro de 3% para 3,7% em 2024. No entanto, a desvalorização cambial superou previsões anteriores. O câmbio médio anual foi de R$ 5,39 por dólar, acima dos R$ 5,31 estimados em outubro.
Tal diferença gerou uma queda de 17 bilhões de dólares no PIB brasileiro. Em comparação, o PIB canadense apresentou uma redução menor, de 11 bilhões de dólares. Esse contexto revelou o impacto significativo da variação cambial.
Ranking de 2024
- Estados Unidos: US$ 29 bilhões (R$ 170 bilhões*)
- China: US$ 18 bilhões (R$ 106 bilhões*)
- Alemanha: US$ 4.7 bilhões (R$ 27 bilhões*)
- Japão: US$ 4.3 bilhões (R$ 25 bilhões*)
- Índia: US$ 3.8 bilhões (R$ 22 bilhões*)
- Reino Unido: US$ 3.5 bilhões (R$ 20 bilhões*)
- França: US$ 3.1 bilhões (R$ 18 bilhões*)
- Itália: US$ 2.376 bilhões (R$ 14 bilhões*)
- Canadá: US$ 2.330 bilhões (R$ 13 bilhões*)
- Brasil: US$ 2.188 bilhões (R$ 12.892 bilhões*)
- Rússia: US$ 2.184 bilhões (R$ 12.869 bilhões*)
- Coreia: US$ 1.869 bilhão (R$ 11 bilhões*)
- México: US$ 1.848 bilhão (R$ 10.8 bilhões*)
- Austrália: US$ 1.802 bilhão (R$ 10.6 bilhões*)
- Espanha: US$ 1.7 bilhão (R$ 10 bilhões*)
Para 2025, o FMI prevê um crescimento de 2,2% para o Brasil, abaixo da média global projetada em 3,3%. A projeção para 2026 foi ajustada para 2,2%, representando uma ligeira diminuição em relação às expectativas anteriores.
Apesar do crescimento mais modesto comparado ao cenário mundial, a posição do Brasil como uma das maiores economias do mundo permanece relevante. Embora tenha sido a sétima maior entre 2010 e 2014, os desafios cambiais atuais moldam um futuro incerto.
* Valores de conversão consultados em 28 de janeiro de 2025.
Fonte: Capitalist