O Brasil criou 131,8 mil empregos com carteira assinada em maio de 2024. Representa uma queda de 15,3% na comparação com o mesmo mês de 2023, quando foram criados 155,7 mil postos.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado veio abaixo das expectativas do mercado financeiro. Agentes consultados pelo Poder360 estimavam a criação de 200,0 mil empregos em maio.
No acumulado de 2024, o Brasil tem saldo de 1,09 milhão de empregos formais criados, variação anual de 2,39%.
O Brasil agora tem 46,6 milhões de pessoas trabalhando formalmente nos setores público e privado. A alta foi de 0,28% em relação ao estoque de maio de 2023.
Salário médio
O salário médio de admissão foi de R$ 2.132,64 em maio. O resultado representou uma variação negativa de R$ 3,31 em um ano, ou seja, houve retração de 0,15%.
Rio Grande do Sul fora da curva
Segundo o ministério, 26 unidades da Federação registraram saldo positivo na criação de empregos. A exceção foi o Rio Grande do Sul, por causa da calamidade pública causada pelas chuvas e enchentes.
O saldo negativo em maio no território gaúcho foi de 22.180 postos formais. A subsecretária de estatísticas do Ministério do Trabalho, Paula Montagner, disse que o resultado de maio foi prejudicado pela situação no estado.
Segundo ela, o saldo seria similar ao de maio de 2023 sem a calamidade pública.
As unidades da Federação com maior saldo foram: São Paulo – criação de 42.325 postos (+0,30%); Minas Gerais – criação de 19.430 postos (+0,40%); Rio de Janeiro – criação de 15.627 postos (+0,41%).
Os estados com menor saldo foram: Rio Grande do Sul – saldo negativo de 22.180 postos (-0,78%); Amapá – criação de 316 postos (+0,35%); Tocantins – criação de 527 postos (+0,21%).
Setores
Todos os cinco grupos de atividades econômicas tiveram saldo positivo, com destaque para o setor de serviços, que teve o melhor desempenho (criação de 69.309 postos); seguido por agropecuária – criação de 19.836 postos; indústria – criação de 18.145 postos; construção – criação de 18.149 postos; comércio – criação de 6.375 postos.
Fonte: Poder360