Os brasileiros dedicam em média 2% do tempo da vida adulta fazendo gestão financeira, o equivalente a um ano e um mês, apontou um estudo encomendado pelo banco digital Nubank para o Instituto Ipsos. Essa é uma das atividades que ocupa menos tempo na vida das pessoas e que elas menos gostam de fazer: 25% dos entrevistados afirmam que administrar o dinheiro é a tarefa que mais detestam.
Cerca de 43 anos do tempo de vida é ocupado, ou seja, não é livre para atividades que não são obrigatórias. No tempo ocupado, as atividades que mais exigem tempo são sono (30% do tempo da vida, o equivalente a 17,5 anos), trabalho remunerado (23% do tempo da vida, o equivalente a 13,1 anos) e trabalho doméstico (11% do tempo da vida, o equivalente a 6,2 anos).
Outras atividades que roubam o tempo são os cuidados com a família e o trânsito (7% cada um, o equivalente a 3,8 anos) e a alimentação e a educação (4% cada um, o equivalente a 2,1 anos). Ou seja, cuidar do dinheiro é a menor das prioridades de uso do tempo ocupado e até atividades consideradas mais chatas pelos entrevistados, como o deslocamento no trânsito e a limpeza da casa, ocupam mais tempo de vida.
Vale uma observação importante: As mulheres dedicam 49% de tempo a mais com a limpeza da casa, 29% de tempo a mais com o trabalho doméstico em geral e 28% do tempo a mais com o cuidado com a família.
Já o tempo livre equivale a 15 anos e as atividades mais realizadas nesse tempo livre são ficar no celular (6% do tempo livre, o equivalente a 3,6 anos), especialmente nas redes sociais, assistir TV (5%, o equivalente a 2,9 anos), descansar sem fazer nada e se exercitar (4% cada um, equivalente a 2,3 anos).
Quase metade (42%) dos entrevistados diz estar indiferente ou insatisfeito com a quantidade de tempo livre que tem hoje em dia. E fazer uma coisa de cada vez exigiria 2 horas a mais por dia, totalizando 4,6 anos extras ao longo da vida.
Os brasileiros têm em média 1,9 ano de férias ao longo da vida. E se tivessem mais tempo livre, gostariam de viajar (42%), dormir (36%), assistir TV (27%), se exercitar (26%) e descansar sem fazer nada (23%).
O estudo foi feito on-line e presencialmente e foram entrevistados 1,5 mil homens e mulheres com mais de 18 anos, das classes A, B, C, D e E, nas cinco regiões do país. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo. A pesquisa listou 30 atividades cotidianas e perguntou quanto tempo os participantes gastam para as atividades diárias, semanais ou mensais.
A partir disso, calculou-se o tempo médio gasto por dia pelos brasileiros em cada atividade e em seguida, os dados foram expandidos para representar o período de um ano médio de vida dos brasileiros. Foram considerados os dados de expectativa de vida do brasileiro do, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na sua vida adulta, dos 18 aos 76 anos, totalizando 58 anos adultos.
O estudo faz parte de uma campanha do Nubank Ultravioleta, serviço para clientes de alta renda. A ideia era mostrar que as pessoas não conseguem dar prioridade para o cuidado consigo durante o pouco tempo livre que dispõem. O banco afirma que deseja facilitar a vida das pessoas e liberá-las de atividades burocráticas.
Fonte: Valor Investe
