A cesta de alimentos básicos ficou 14,22% mais cara em 2024, de acordo com dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) publicados nesta quinta-feira (30).
Em dezembro do ano passado, era necessário desembolsar R$ 345,23. No mesmo período de 2023, o custo era de R$ 302,24.
Dentre os itens, o café torrado foi o que registrou maior alta nos últimos 12 meses, com 39,6%, seguido pelo óleo de soja (29,22%), leite longa vida (18,83%) e arroz (8,24%).
A Associação aponta que a pressão inflacionária é maior no grupo de alimentos básicos.
Este ano deve continuar a registrar crescimento nos preços, sendo estimado que entre dezembro e janeiro, a cesta básica tenha alta de 1,1%.
O grupo de proteínas de origem animal também registrou aumento de preços, refletindo os efeitos da defasagem do câmbio, aumento das exportações e alta demanda no mercado interno.
A carne bovina foi a mais afetada pelo aumento, com alta de 22,65% em 2024. O pernil suíno também avançou 20,5% em 12 meses e o frango congelado 8,26%.
Na outra ponta, ovos tiveram queda de 4,53% no preço.
Na contramão, a cesta de vegetais, composta de frutas, legumes e verduras, registrou queda de 1,03% no período de 12 meses.
Marcio Milan, presidente da Abras, aponta que o aumento no dólar será fator que deve influenciar no consumo este ano.
“A indústria já sinalizou que realizará repasses, principalmente as que possuem insumos cotados em dólar. A Selic também será um fator, já que impacta o crédito, causando queda no consumo, com consumidores priorizando itens essenciais ou em promoção”.
Apesar da alta nos preços, o consumo dos lares cresceu em 2,5% em 2024.
A pesquisa aponta que o aumento na empregabilidade, aumento real da renda e a injeção de recursos como 13º e Bolsa Família ajudaram para esse cenário.
“O aumento do emprego e da renda resultou em maior consumo das famílias, com destaque para a forte aceleração a partir de novembro, impulsionada pela entrada dos recursos do 13º salário na economia”, afirma Milan.
Fonte: CNN Brasil