ARACAJU/SE, 26 de outubro de 2024 , 12:35:39

logoajn1

Classe média brasileira se vê forçada a adquirir imóveis menores devido a alta de preços no país

 

O mercado imobiliário brasileiro está passando por mudanças amargas, especialmente no segmento de apartamentos intermediários, que são aqueles com áreas entre 45m² e 100m². Apesar do aumento de lançamentos e do aquecimento do setor, a classe média — principal público desse tipo de imóvel — enfrenta dificuldades para manter o poder de compra, impulsionando uma demanda crescente por apartamentos menores e mais econômicos.

A tendência é explicada pelo aumento dos preços dos imóveis, causado pela alta dos custos de construção e pela recuperação salarial que, apesar de existente, não acompanha o ritmo da valorização dos imóveis. Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) indicam que, no primeiro semestre de 2024, foram lançados 149.487 imóveis, um aumento de 5,7% em comparação ao mesmo período de 2023.

As vendas também cresceram, com 180.162 unidades vendidas, uma alta de 15,2%. O desempenho positivo do setor é impulsionado por fatores como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima das expectativas e a melhora no mercado de trabalho, com redução do desemprego e aumento do rendimento real.

Contudo, o aumento nos custos de construção, que subiu 0,61% em setembro e acumulou 5,23% em 12 meses, tem impactado o preço final dos imóveis. Segundo o Índice Nacional de Custos da Construção da FGV, essa alta pressiona o setor, obrigando as construtoras a se adaptarem para oferecer produtos mais acessíveis ao mercado.

Assim, os imóveis de médio padrão, que antes eram mais acessíveis para a classe média, estão se tornando mais difíceis de ser adquiridos, empurrando os compradores para imóveis menores e mais econômicos. A adaptação do mercado imobiliário flerta com o aumento da oferta de apartamentos mais compactos, com tecnologias e diferenciais que atraem os consumidores, sobretudo em condomínios.

Mesmo com as dificuldades, o setor segue aquecido e o volume de financiamentos imobiliários também registra essa movimentação, atingindo R$ 18,4 bilhões em agosto de 2024, o melhor resultado para o mês desde 2021, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Fonte: Conexão Política

 

 

Você pode querer ler também