O Brasil segue consolidado como líder mundial na produção de soja, alcançando volumes históricos na temporada 2024/25. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma colheita de 169,66 milhões de toneladas, número muito próximo ao apontado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que projeta 169 milhões de toneladas. Esse resultado confirma a força do país no cenário global, reforçando sua posição de maior produtor e exportador da oleaginosa.
Apesar do recorde produtivo e do expressivo volume destinado ao mercado externo, os estoques de passagem chamam a atenção. Segundo a Conab, a safra 2024/25 deve encerrar com 3,9 milhões de toneladas armazenadas, quantidade mais de quatro vezes superior à registrada no ciclo anterior. Esse excesso de oferta no final da temporada tem funcionado como um fator de contenção, limitando os avanços nos preços internos ao longo da última semana, de acordo com levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
No que diz respeito às exportações, os números também são grandiosos. O USDA estima que o Brasil embarque 102,1 milhões de toneladas entre outubro de 2024 e setembro de 2025. Já a Conab, considerando o calendário de janeiro a dezembro de 2025, prevê um volume ainda maior: 106,3 milhões de toneladas, marca que, se confirmada, representará um novo recorde para o setor.
Além do desempenho no mercado externo, o processamento interno da soja também deve alcançar números inéditos. O USDA aponta para 57 milhões de toneladas destinadas ao esmagamento, enquanto a Conab projeta 57,09 milhões de toneladas para este mesmo fim, resultado que reforça a importância da cadeia da soja não apenas para as exportações, mas também para a indústria nacional de óleo e farelo.
Assim, mesmo diante do aumento nos estoques de passagem e da pressão que isso exerce sobre os preços domésticos, o Brasil mantém sua relevância global ao apresentar recordes tanto em exportações quanto em processamento interno. Esse desempenho reafirma a força do agronegócio nacional, que continua ditando o ritmo do mercado internacional de soja.
Fonte: Cepea