Divulgado recentemente, um levantamento da companhia Serasa Experian revelou que 7 milhões de empresas brasileiras chegaram ao fim do último mês de outubro inadimplentes e começarão o ano de 2025 nessa condição. É o maior número da série histórica de análises, sendo que esse grupo representa cerca de um terço dos empreendimentos nacionais que, segundo o mapeamento, somaram dívidas na ordem de 156,1 bilhões de reais, com média de 7,4 contas negativadas por CNPJ.
Economista da Serasa Experian, Luis Rabi atribuiu as marcas às altas taxas de juros brasileiras.
“Quando os juros sobem, o custo do crédito para as empresas também aumenta, tornando mais caro e difícil para elas obterem financiamento. Isso afeta diretamente a capacidade das companhias de gerenciar seu fluxo de caixa e cumprir suas obrigações financeiras. Além disso, a elevação dos juros pode reduzir a demanda por produtos e serviços, uma vez que consumidores e outras empresas também enfrentam custos de crédito mais altos, resultando em menor receita para as empresas. Esse cenário cria um ciclo vicioso, onde a dificuldade de acesso a crédito e a redução de receitas levam a um aumento na inadimplência, impactando negativamente a saúde financeira das companhias”, disse.
De acordo com os dados publicados, o índice de inadimplência foi liderado pelo setor de serviços, seguido por comércio, indústrias, primário e a categoria outros, que engloba o segmento financeiro e o terceiro setor. Em relação ao recorte por estados, o Maranhão registrou a maior taxa de inadimplência das empresas do país, com 43% das companhias do estado com o CNPJ no vermelho. Em seguida, Alagoas e Amapá também se destacaram entre os estados com mais empresas enfrentando pendências financeiras.
Fonte: VEJA