Em 2025, a inadimplência no Brasil atingiu níveis preocupantes, com 42% dos adultos enfrentando dívidas. Este cenário reflete uma crescente crise econômica que se espalha pelo país, afetando a vida de milhões de cidadãos.
A situação é especialmente crítica no estado de São Paulo. Com 3,8 milhões de pessoas em atraso, São Paulo destaca-se como o epicentro dessa crise.
Este fenômeno não apenas limita o acesso ao crédito, mas também influencia a qualidade de vida dos cidadãos, revelando uma carência em educação financeira e gerenciamento de finanças pessoais.
Dados da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil indicam que este é o nível mais alto de inadimplência já registrado. Em março de 2025, o número de endividados subiu 3,89% em relação ao ano anterior, totalizando 69,66 milhões de pessoas.
O presidente da CNDL, José César da Costa, enfatiza a necessidade de cautela financeira.
Perfil dos devedores e origens das dívidas
A faixa etária de 30 a 39 anos é a mais impactada, com 23,76% dos devedores. A divisão entre gêneros é praticamente igual, com 51,06% de mulheres e 48,94% de homens, indicando a transversalidade do problema.
O valor médio das dívidas entre os brasileiros com crédito negativo é de R$ 4.604,54, sendo que 30,47% devem menos de R$ 500. Este dado reforça a necessidade de gerenciamento adequado das finanças pessoais para evitar consequências desproporcionais.
Principais fontes de endividamento:
- Bancos: 66,74%
- Serviços públicos: 9,87%
- Comércio varejista: 9,73%
- Outros setores: 8,02%
A região Centro-Oeste lidera com 45,91% de inadimplência, seguida pelo Norte (43,27%) e Sudeste (42,95%). Esse problema varia significativamente entre as regiões, destacando a necessidade de abordagens específicas.
Impacto nas finanças e comportamento de crédito
O uso de crédito tem se tornado uma prática cotidiana para muitos brasileiros. Uma pesquisa da Creditas revela que 21% dos entrevistados tomaram empréstimos para pagar dívidas anteriores, e cartões de crédito são a forma mais comum, usada por 53% dos devedores.
Embora a maioria tenha conseguido crédito, a falta de planejamento é evidente. Apenas 17% dos entrevistados compararam ofertas de mais de quatro instituições, expondo-se a condições desfavoráveis.
Para enfrentar a crise, o governo tem promovido a consolidação de dívidas com condições mais favoráveis. Especialistas ressaltam a importância de usar crédito para reorganizar finanças, não para novos consumos.
Diante desses desafios, o Brasil enfrenta uma necessidade urgente de reformular estratégias de educação financeira e políticas públicas. Somente com a participação ativa da sociedade será possível reverter essa tendência preocupante de endividamento crônico.
Fonte: Capitalist