Operadores de câmbio, de tesourarias de grandes bancos locais e gestores de moedas, dizem não ver necessidade de o Banco Central (BC) fazer intervenções no mercado, queimando parte de suas reservas, para se antecipar a algum possível problema que venha a ocorrer por conta do “tarifaço” previsto para esta semana.
Na sexta-feira, dia 1º de agosto, os Estados Unidos devem impor tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil. Até o momento, não há sinais de negociação mais ampla entre os dois países.
O que os profissionais entendem é que, caso comece a haver uma saída mais forte de dólares do país (no acumulado do ano, o fluxo líquido é de saída), sem um contraponto por conta da exportação menor, a autoridade monetária pode aproveitar o momento para realizar o chamado “casadão”, a venda de dólares no mercado à vista conjugada com a compra de dólares no mercado futuro via leilões.
Esse instrumento reduziria o estoque de swap cambial (algo que está no radar do BC) e ainda daria liquidez para o mercado à vista. O BC fez uma atuação desse tipo no fim de junho.
Fonte: Valor Investe