O índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção registrou 47 pontos em maio, segundo dados da Sondagem Indústria da Construção divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O resultado do mês foi inferior aos observados em maio de 2024 (47,9 pontos) e de 2023 (49,8 pontos). Quanto menor o índice, pior o desempenho do setor.
O dado também foi inferior ao de abril, de 47,3. O indicador está abaixo do patamar de 50 – que separa contração de expansão – desde agosto de 2024. Em julho de 2024, havia registrado 50,1 pontos.
O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, justificou que a taxa de juros elevada é responsável pela desaceleração da indústria da construção. “Com o crédito mais caro, a demanda cai, influenciando a atividade do setor”, avaliou.
O índice de evolução do número de empregados do setor fechou o mês em 48,5 pontos, ante 48,1 em abril. O resultado, no entanto, foi inferior ao observado em maio de 2024 (49 pontos) e 2023 (50,7 pontos).
A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) chegou ao sétimo mês consecutivo estável em 67%. Esse patamar é inferior ao observado em maio de 2024, quando foi de 69%, e idêntico ao de 2023.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) da Construção chegou a 47,5 pontos em junho, um ponto a menos do que em maio. É o sexto mês consecutivo de falta de confiança no setor, que se agravou, principalmente, pela pior avaliação dos industriais sobre o presente e o futuro.
O Índice de Condições Atuais encolheu 0,4 ponto, para 43,6 pontos. O movimento se deve à percepção ainda mais negativa dos empresários sobre o momento da economia em relação ao último semestre, uma vez que a satisfação com a situação das empresas melhorou.
Em junho, o Índice de Expectativas caiu 1,2 ponto, levando o indicador de um estado de otimismo para um estado de pessimismo. Agora em 49,5 pontos, o índice reflete a piora das expectativas dos industriais para a economia e os próprios negócios nos próximos seis meses.
Segundo o levantamento, o índice de expectativas de novos empreendimentos e serviços caiu 1,5 ponto, para 51,3 pontos; o índice de expectativa de compras de insumos e matérias-primas encolheu 1,5 ponto, para 51,1 pontos; o índice de expectativa de número de empregados recuou 1,8 ponto, para 51 pontos; e o O índice de expectativa de nível de atividade caiu 0,7 ponto, para 53,1 pontos.
O índice de intenção de investimento caiu 0,7 ponto, para 42,8 pontos. Neste patamar, o indicador está 4,8 pontos percentuais acima da média histórica, de 38 pontos.
Para esta edição da Sondagem Indústria da Construção, a CNI consultou 297 empresas: 108 de pequeno porte; 128 de médio porte; e 61 de grande porte, entre 2 e 11 de junho de 2025.
Fonte: Valor Econômico