O Brasil ultrapassou a marca de 43 mil cervejas e 55 mil marcas registradas no Ministério da Agricultura em 2024. O número de cervejarias autorizadas a produzir a bebida aumentou e chegou a 1.949. São 102 empresas a mais do que em 2023. A produção total passou de 15,3 bilhões de litros no ano passado.
Os dados estão no Anuário da Cerveja 2025, que tem como referência informações de 2024. O documento foi divulgado na terça-feira (5/8) pelo ministério, em parceria com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv). Ao todo, o Brasil tem 43.176 cervejas e 55.015 marcas registradas.
São Paulo segue na liderança do ranking nacional de produção cervejeira, com 12.803 cervejas registradas. O Estado também detém a média mais elevada de número de produtos por empresa, são 30 cervejas registradas por estabelecimento.
O Espírito Santo foi o estado com o maior aumento no número de cervejas registradas de 2023 para 2024, passando de 1.221 para 1.434 registros. A média brasileira é de 22,2 registros de produtos por estabelecimento.
O número de cervejarias registradas no Ministério da Agricultura chegou a 1.949 em 2024, com a inclusão de 102 novos estabelecimentos — crescimento de 5,5% em relação a 2023.
Santa Catarina foi o estado com maior crescimento no número de estabelecimentos, com 25 novas cervejarias, incremento de 11,1% de um ano par ao outro. São Paulo segue como o estado com o maior número de cervejarias (427), com 17 novos registros em 2024. Entre as regiões, o Sudeste concentra o maior número de estabelecimentos (889), mais de 45% dos estabelecimentos do país.
Atualmente, 790 municípios brasileiros possuem pelo menos uma cervejaria registrada. O estado em que a população está mais bem servida com cervejarias é o Rio Grande do Sul, com a marca de um estabelecimento para cada 32.177 habitantes.
As cervejas sem álcool ou desalcoolizadas (aquelas com teor alcoólico igual ou inferior a 0,5%) têm ganhado espaço no mercado brasileiro, disse o ministério, em nota. Em 2024, a produção desse tipo de bebida teve crescimento de 536,9% e já representa 4,9% de toda a produção nacional. “O avanço acompanha uma tendência de consumo mais equilibrado e consciente”, afirmou a Pasta.
Além das versões sem álcool, o segmento inclui também as cervejas de baixo teor alcoólico, com até 2%, e as convencionais, que podem chegar a 54% de graduação alcoólica.
Importação e exportação
O Brasil exportou cerca de 332,5 milhões de litros de cerveja em 2024, crescimento de 43,4% em relação ao ano anterior. O faturamento das exportações também evoluiu e alcançou US$ 204 milhões, alta de 31,1% ante o resultado de 2023.
O Paraguai foi o principal destino da cerveja brasileira, responsável por 66,5% do volume exportado pelo Brasil. A América do Sul concentra 97,7% das exportações brasileiras de cerveja.
Já em relação à importação, a Alemanha é a principal origem da cerveja importada pelo Brasil, com um volume de 3,1 milhões litros, mais de 42% do volume total importado.
Produção
O volume total de produção declarado ao Ministério da Agricultura em 2024 foi de 15,34 bilhões de litros. Desse total, 24,7% são de cerveja puro malte ou 100% malte, produzidas sem o uso de adjuntos cervejeiros, como trigo, centeio, aveia, milho e outros.
Entre os estilos com maior volume declarado, destaca-se a Lager Leve Clara, com 8,95 bilhões de litros, mais de 58% da produção nacional. Em seguida, aparecem os estilos Pilsener, com 4,97 bilhões de litros (32,4%), e outras Lagers, com 1,29 bilhão de litros (8,5%). Juntos, esses três estilos somam 99,2% da produção total de cerveja no Brasil.
Também merecem destaque os estilos Malzbier e IPA, com volumes de 46,7 milhões de litros (0,3%) e 29,9 milhões de litros (0,2%), respectivamente.
Fonte: Globo Rural