ARACAJU/SE, 21 de julho de 2025 , 21:12:44

No primeiro semestre de 2025, exportações de café solúvel cresceram em volume e receita

 

As exportações brasileiras de café solúvel apresentaram crescimento no primeiro semestre de 2025, totalizando 1,944 milhão de sacas de 60 quilos, 1,3% a mais que o mesmo período do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics). Em termos de receita, o avanço foi ainda maior, com as exportações atingindo US$ 586,925 milhões, alta de 45,2% no mesmo comparativo.

Entre os 81 países que importaram o produto brasileiro entre janeiro e junho de 2025, os Estados Unidos lideraram, com a aquisição de 361 mil sacas. Em seguida, figuram Argentina, Rússia, Indonésia e Peru, com 193,2 mil, 138,5 mil, 75,1 mil e 74 mil, respectivamente.

O relatório da Abics aponta que o desempenho no semestre não sofreu impacto das tarifas americanas. No entanto, um novo cenário pode se formar a partir de agosto, com o início das taxas de importação.

Atualmente, os Estados Unidos são responsáveis por 19% das exportações brasileiras de café solúvel, tanto em volume quanto em receita. O Brasil, por sua vez, é o segundo maior fornecedor do produto aos EUA, com 24% de participação no mercado norte-americano.

Segundo a Abics, a nova tarifa pode afetar a competitividade do produto brasileiro. Enquanto concorrentes como o México continuarão exportando sem tarifas, outros fornecedores estarão sujeitos a taxas menores, entre 10% e 27%.

Mercado interno

No mercado interno, o consumo de café solúvel também avançou no primeiro semestre de 2025. De acordo com a Abics, foram consumidas 12,6 mil toneladas do produto no Brasil, o equivalente a 548 mil sacas, representando um crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período de 2024.

Entre os tipos de café solúvel, o freeze dried (liofilizado) teve aumento de 18,7%, com 1,5 mil toneladas consumidas. Já o spray dried (em pó) registrou crescimento de 2,5%, somando 11, mil toneladas. O consumo de cafés solúveis importados, incluídos nesses totais, teve elevação de 23%.

A Abics aponta fatores como o preço mais acessível por xícara e a variedade de produtos disponíveis no mercado como estímulos ao aumento do consumo doméstico. A associação também destaca os investimentos contínuos da indústria na melhoria da qualidade e inovação no setor.

Fonte: Globo Rural

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