O número de jovens brasileiros que não estudam ou trabalham, conhecidos com “nem-nem”, atingiu o menor patamar da série histórica iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo dados publicados nesta quarta-feira (4).
Em 2023, 10,3 milhões de pessoas entre 15 a 29 anos faziam parte do grupo, taxa de 21,2%. Entre 2022 e o ano passado, o grupo reduziu 4,9%.
Denise Guichard, analista do IBGE, avalia que a redução acontece devido ao aquecimento do mercado de trabalho.
O país registrou uma série de mínimas históricas no desemprego nos últimos meses. No trimestre encerrado em outubro, a taxa recuou a 6,2%, a menor em 13 anos, conforme dados do IBGE.
Os dados apontam que quanto menor a faixa de rendimento, maior a proporção de jovens de 15 a 29 anos fora do sistema de ensino e sem trabalho.
Do total, nos 10% dos domicílios do país com os maiores rendimentos, 6,6% dos jovens estavam nessa condição, enquanto nos 10% dos domicílios com os menores rendimentos, 49,3% dos jovens não estudavam e não estavam ocupados.
No recorte de gênero e cor, as mulheres pretas ou pardas representam 45,2% desses jovens, cerca de 4,6 milhões. Já as mulheres brancas representam 1,9 milhão (18,9%).
No gênero masculino, homens pretos ou pardos representam 2,4 milhões (23,4%) e brancos, 1,2 milhão (11,3%).
As maiores reduções no recorte durante o período foram entre as mulheres brancas (11,9%) e entre os homens pretos ou pardos (9,3%).
Para os homens brancos, o recuo foi menos expressivo (6,5%), e as mulheres pretas ou pardas apresentaram a menor redução do período (1,6%).
O indicador de jovens de 15 a 29 anos que não estudavam e não estavam ocupados inclui simultaneamente aqueles que não estudavam, mas buscavam por uma ocupação (jovens desocupados) e aqueles que não estudavam e também não procuravam por uma ocupação (jovens fora da força de trabalho).
Fonte: CNN Brasil