ARACAJU/SE, 5 de fevereiro de 2025 , 17:38:16

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Participação de investidor estrangeiro cresceu na dívida pública em 2024

 

Os investidores estrangeiros terminaram 2024 com um total de 710,9 bilhões de reais comprados em títulos públicos brasileiros. O valor representa um aumento de 20% na comparação com o volume que detinham em dezembro de 2023 (594 bilhões de reais) e um participação de 10,2% no total da dívida pública federal interna do país, que encerrou o ano somando 6,967 trilhões de reais.

Um ano antes, essa participação era de 9,5% e, desde 2020 se manteve a maior parte do tempo nessa faixa, abaixo de 10%. Os números da dívida pública em dezembro foram divulgados nessa terça-feira (4) pelo Tesouro Nacional, e a expectativa, de acordo com o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, é que os aportes e a participação dos estrangeiros como investidores dos títulos públicos brasileiros possa crescer conforme o país avance rumo à retomada do grau de investimento.

“O Brasil vinha perdendo participação dos estrangeiros (como investidores da dívida pública) desde que perdeu o grau de investimento e, no ano passado, já pudemos ver a um processo de estabilização disso”, disse Ceron em coletiva a jornalistas. “Precisamos aguardar um pouco mais para ver como isso evolui, mas é possível ver uma melhora. Quando o país recuperar o grau de investimento, esse fluxo com certeza volta de maneira muito forte. Enquanto isso, a questão macroeconômica é fundamental e há ações que o país precisa fazer para se tornar atrativo”.

O Brasil perdeu o grau de investimento pelas principais agências de classificação de risco em 2015. Naquele ano, a participação dos investidores estrangeiros na dívida pública chegou a 18,8%. No ano passado, a Moody’s elevou a nota do Brasil, que, pela escala da agência, fica agora a apenas um degrau do grau de investimento, recorte a partir do qual os títulos do país passam a ser considerados seguros e com chances nulas de calote. “Somos ainda um país com muitos desafios, mas os avanços do Brasil são inegáveis e todas as agências elevaram as notas nos últimos anos”, disse Ceron.

Fonte: VEJA

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