O Brasil tem dado passos importantes na superação das desigualdades com a importante contribuição dos pequenos negócios. Somente entre os meses de junho e julho, cerca de 958 mil famílias deixaram de receber o benefício do Bolsa Família. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), a maioria dessas pessoas não recebe mais os recursos porque conseguiu um emprego estável ou teve uma melhora da sua condição financeira como empreendedores.
A maior parte dos desligamentos do Bolsa Família no pagamento do mês de julho ocorreu após os beneficiários cumprirem a Regra de Proteção do Programa. Mais de 536 mil famílias alcançaram renda mensal entre R$ 218 e meio salário mínimo por pessoa no núcleo familiar e completaram 24 meses de permanência na regra, prazo máximo para receber 50% do valor do benefício.
O Ministério do Desenvolvimento Social aponta ainda que, além das famílias que deixam o programa por atingirem o prazo máximo na Regra de Proteção, outros 385 mil domicílios ultrapassaram meio salário mínimo (R$ 759) de rendimento por pessoa em julho. Elas tiveram um aumento de renda maior que o limite da Regra de Proteção.
Estudo realizado pelo Sebrae em parceria com o MDS revelou que aproximadamente 30% de todos os microempreendedores individuais (MEI) do país estão no CadÚnico.
Pequenos negócios
O presidente do Sebrae, Décio Lima, lembra que os pequenos negócios também contribuíram para a geração de empregos neste período. Somente neste ano, de acordo com levantamento do Sebrae, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), as Micro e Pequenas Empresas contrataram 635,7 mil pessoas em todo o território nacional – 60,5% do total de novas contratações de janeiro a maio.
Em 2024, no total, foram 1.225.631 empregos gerados pelos pequenos negócios (72,8% do total), número que se aproxima daqueles contratados que estavam no Bolsa Família no ano passado: 1,27 milhão.
“Os pequenos negócios são uma grande força que impulsiona o crescimento do país e garante mais dignidade, trabalho e renda para a nossa população, especialmente os mais pobres”, afirma Décio Lima, presidente do Sebrae.
“O desafio atual é outro: melhorar a qualidade dos empregos, elevar a qualificação da população. Só assim será possível elevar os salários de forma sustentável, uma vez que o desafio mais urgente já foi superado: a pulverização da geração de empregos e a inclusão”, completa o presidente.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias