A alta de casos de covid-19 na China aliada aos desdobramentos da guerra na Ucrânia fazem os preços do petróleo e minério de ferro despencarem nesta terça-feira, 15.
O petróleo do tipo Brent, o referência mundial, chegou a ser cotado a baixo de US$ 100 o barril. Por volta das 10h, o óleo caía 6,20%, para US$ 100,38 o barril. A mínima, no entanto, chegou a US$ 97,50. Com isso, os papéis de Vale e Petrobras iniciam o pregão em queda. Às 10h35, Vale recuava 2,73%, a R$ 89,06 e a Petrobras em 1,57%, para R$ 31,37.
Na segunda-feira, o Brent, para entrega em maio, e o Brent para maio caiu 5,12%, a US$ 106,90 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Isso com a expectativa de aumento da oferta mundial após a Agência Internacional de Energia (AIE) solicitar que países produtores liberem mais barris a fim de conter os preços.
O diretor executivo da AIE, Fatih Birol, disse que a AIE pode liberar ainda mais óleo, além dos 62 milhões de barris já anunciados, caso as condições “se mantiverem ou piorarem”.
O minério de ferro também seguiu a trilha do petróleo e teve, pelo segundo dia consecutivo, queda acima de 5%. A principal matéria-prima do aço recuou 5,23% no porto chinês de Qingdao, para US$ 136,19 a tonelada.
Os contratos futuros de minério de ferro negociados nas bolsas de Dalian e Cingapura também caíram, com o aumento das infecções por covid-19 na maior produtora de aço, a China, abalando traders já preocupados com as consequências do conflito na Ucrânia.
O minério de ferro mais negociado, para entrega em maio em Dalian, encerrou as negociações diurnas em queda de 4,6%, a 756 yuans (US$ 118,48) a tonelada, depois de atingir 742 yuans no início da sessão, o menor desde 2 de março. Na Bolsa de Cingapura, o contrato de abril do ingrediente siderúrgico caía mais de 6%, US$ 137,65 por tonelada, por volta das 9h.
Fonte: O Especialista