A empresa holandesa de tecnologia Philips anunciou nesta segunda-feira (30) que irá demitir mais 6.000 funcionários. A medida é uma tentativa de melhorar os rendimentos e busca reverter a perda de 70% do seu valor de mercado após problemas com a venda de aparelhos respiratórios, segundo a empresa.
De acordo com a nota, metade dos funcionários serão demitidos ainda este ano, enquanto os outros 3.000 serão gradualmente desligados até 2025. A Philips já havia comunicado a demissão de 4.ooo funcionários em outubro. Somando os dois cortes, a Philips terá demitido 13% de seu efetivo.
A primeira onda de demissões em massa foi anunciada depois de um prejuízo líquido de € 1,3 bilhão de euros (R$ 6,8 bilhões na cotação de 24 de outubro, data da publicação do resultado) registrado no acumulado até o terceiro trimestre de 2022.
A queda foi puxada pelos pedidos de devolução de lotes de seus aparelhos respiratórios para tratar apneia do sono. Havia a suspeita de que a espuma usada nos aparelhos fosse tóxica e pudesse causar danos à saúde.
“Durante meus primeiros 100 dias, trabalhei com nossa equipe nas intervenções urgentes necessárias para melhorar nossa execução e desempenho”, disse o CEO da Philips, Roy Jakobs. “Isso inclui reforçar nossa política de responsabilização e fortalecer nossa capacidade e talento em tecnologia de saúde”, completou.
Segundo ele, a nova estratégia da empresa se concentrará no “crescimento orgânico”. Ele disse estar “confiante” de que as novas ações colocarão a empresa “progressivamente em um caminho de criação de valor com impacto sustentável para alcançar um crescimento nas vendas”.
A Philips divulgou os resultados do quarto trimestre de 2022 com um prejuízo líquido de € 105 milhões (R$ 581,6 milhões na cotação desta segunda-feira (30) no quarto trimestre em 2022. No ano, o prejuízo líquido foi de € 1,6 bilhão (R$ 8,7 bilhões na cotação atual).
Fonte: Poder 360
