Desde seu lançamento em 2020, o Pix se consolidou como o principal meio de pagamento no Brasil e, agora, amplia sua presença também no comércio eletrônico. Com a introdução de funcionalidades como pagamentos recorrentes, por aproximação (contactless) e autenticação biométrica, o Pix já superou o cartão de crédito como forma mais utilizada nas compras on-line e deve representar mais de 50% de todas as transações digitais no país até 2027.
Para especialistas do setor, a ascensão do Pix vai além da praticidade. Ela revela uma nova lógica de consumo, na qual a escolha do meio de pagamento tem peso comparável ao da marca. Um estudo recente mostra que 73,1% dos consumidores da América Latina afirmam que sua forma de pagamento preferida é decisiva na hora de escolher entre duas lojas virtuais. Para 14,1% deles, a ausência do meio favorito simplesmente inviabiliza a compra.
“O consumidor brasileiro digital prioriza conveniência e segurança, e o Pix entrega isso com eficiência”, afirma César Garcia, CEO da OneKey Payments. “Mas mais do que oferecer um bom serviço, é preciso seguir inovando. O Pix deixou de ser apenas uma ferramenta de transferência entre pessoas para se tornar peça-chave no e-commerce. Com isso, empresas que acompanham essa evolução se destacam, fidelizam mais e convertem melhor”.
Pix automático e biometria devem transformar a experiência de compra
Entre as inovações que devem fortalecer ainda mais o Pix no ambiente digital estão o Pix Automático — que permite pagamentos recorrentes ideais para serviços de assinatura —, o Pix por aproximação, que simplifica ainda mais a experiência no mobile, e a autenticação por biometria, que reforça a segurança sem comprometer a agilidade.
“Esses avanços não apenas tornam a jornada do consumidor mais fluida, como também ampliam as opções de recebimento para os lojistas. E, para quem vende on-line, isso se traduz em maior competitividade”, explica Garcia. “É preciso antecipar tendências e entregar uma experiência de checkout à altura das expectativas do consumidor digital”.
De acordo com o mesmo levantamento, 91,9% dos varejistas consideram “fundamental” ou “importante” oferecer os meios de pagamento preferidos pelos clientes. No entanto, 81,6% deles admitem que não conseguem informar quando uma forma de pagamento está temporariamente fora do ar — uma falha que pode prejudicar a conversão no momento mais sensível da jornada.
“Em 2025, o pagamento deixou de ser uma etapa meramente operacional. Ele passou a ser parte essencial da relação entre o consumidor e a marca”, observa Garcia. “Ignorar isso pode custar caro”.
Para os lojistas, o recado é claro: entenda o cliente e antecipe tendências
Garcia projeta que o Pix seguirá ganhando novos contornos, integrando-se a plataformas mobile-first, programas de fidelidade e até soluções personalizadas com uso de inteligência artificial. Segundo ele, a influência do meio de pagamento sobre o comércio eletrônico tende a crescer, exigindo das empresas atenção redobrada às preferências de seus públicos.
“A mensagem é simples: conheça seu consumidor, valorize o que ele prefere e acompanhe suas mudanças de comportamento. Hoje, o Pix é mais do que uma forma de pagar — é uma ponte entre marcas e pessoas, e um diferencial competitivo para quem sabe usá-lo estrategicamente”.
Fonte: Capitalist