A origem do dinheiro se entrelaça com o desenvolvimento das sociedades humanas. Antes da invenção das moedas, o comércio baseava-se no escambo, sistema em que mercadorias eram trocadas sem um valor fixo atribuído. No Brasil, essa prática foi comum até o período colonial.
Para facilitar as transações, objetos e alimentos como conchas e sal foram adotados como moeda. A palavra “salário” deriva de “salarium”, referindo-se ao pagamento em sal aos soldados romanos.
Tais trocas eram essenciais para um comércio mais fluido nas sociedades antigas, pois o surgimento das primeiras moedas só ocorreu na Lídia, atual Turquia, no século VII a.C.
O Brasil viu suas moedas inicialmente criadas em 1580, quando a prata começou a circular com a união das coroas. Mais tarde, o Banco do Brasil, fundado em 1808, foi crucial no desenvolvimento monetário do país.
As primeiras moedas e a Casa da Moeda
Em 1694, a Casa da Moeda foi criada na Bahia, marcando o início da produção local desses itens com as patacas feitas de prata. Moedas holandesas também surgiram no período, trazendo o nome “Brasil” em seu reverso.
Desenvolvimento do sistema bancário
Os primeiros bilhetes do Banco do Brasil foram emitidos em 1810. Já em 1835, o Tesouro Nacional introduziu notas que preveniram falsificações.
A extensão territorial dificultou a distribuição de tais cédulas, permitindo que os bancos particulares emitissem papel-moeda até 1854.
Reformas monetárias no Brasil
Desde a criação do padrão réis, o país passou por diversas reformas monetárias. De 1942 a 1964, o cruzeiro foi a moeda oficial, substituído pelo cruzeiro novo em 1967. Em 1986, o cruzado entrou em cena, seguido pelo cruzado novo em 1989.
A estabilização com o real
Em meio a sucessivas alterações, o cruzeiro voltou em 1990, até que, em 1994, o real foi implementado, substituindo o cruzeiro real. Tal mudança simbolizou um importante passo para a estabilidade econômica, sendo a moeda vigente até hoje.
Assim, o desenvolvimento do dinheiro ao longo dos séculos reflete a evolução econômica e social, e segue com as adaptações e reformas monetárias.
Dessa maneira, o Brasil conseguiu estabilizar sua economia, culminando na criação do real, que hoje é um símbolo de moeda forte, capaz de conter grandes taxas de inflação, apesar de sua desvalorização diante do dólar e de outras moedas.Subscrições de notícias sobre finanças
Fonte: Capitalist