ARACAJU/SE, 16 de dezembro de 2024 , 21:09:01

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Quatro em cada dez brasileiros estavam negativados em novembro, aponta pesquisa

 

O Indicador de Inadimplência mostrou que quatro em cada dez brasileiros estavam negativados no mês de novembro. Ao todo, o índice de 41,51% representa 68,62 milhões de consumidores com dívidas.

O estudo, realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil, também aponta que o percentual cresceu 1,48% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O presidente da CNDL, José César da Costa, explica que o cenário aponta uma dificuldade do brasileiro em pagar as dívidas. “A inflação dos alimentos tem um grande impacto na renda das pessoas, e isso atrapalha ainda mais essa situação de endividamento. A expectativa é que, com a entrada do décimo terceiro e da renda extra do final do ano, os consumidores priorizem o pagamento das dívidas”, destaca.

Perfil dos endividados

Sexo

A maioria dos endividados é do sexo feminino, com 51,16%. A porcentagem entre os homens é de 48,84%.

Idade

Segundo o estudo, o número de devedores com participação mais expressiva em novembro está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,6%), seguido por 40 a 49 anos (20,98%) e 50 a 64 anos (19,87%). A idade média das pessoas com dívida é de 44,8 anos.

Gasto médio e número de credores

Em novembro de 2024, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.510,82 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada pessoa inadimplente devia, em média, a 2,11 empresas.

Valores

Os dados ainda mostram que quase três em cada dez consumidores (30,65%) tinham dívidas de até R$ 500, percentual que chega a 44,35% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

Áreas

O relatório comprovou uma evolução das dívidas com o setor bancário, com crescimento de 4,60%. Em outra direção, as dívidas com os setores de Água e Luz (-9,07%), Comércio (-5,41%) e Comunicação (-4,07%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.

Região

Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da região Centro-Oeste (6,59%), seguida pelo Nordeste (2,80%), Sudeste (1,13%) e Norte (0,67%). Por outro lado, o Sul (-0,90%) mostrou queda no número de dívidas na comparação anual.

Juros

Em entrevista ao Conexão Record News, o economista e professor da FGV Luis Vivanco falou sobre inadimplência que atinge as famílias brasileiras, impulsionada pelas compras de fim de ano.

Segundo a Confederação Nacional do Comércio, 29% das famílias estão inadimplentes no mês de novembro, maior índice desde outubro de 2023. Vivanco destacou a importância do planejamento familiar para priorizar os gastos mais importantes no período de festas. “É necessário que a gente tenha muita prudência. Gerando mais inadimplência, a sociedade começa a ter juros mais altos, porque os bancos vão se proteger, causando mais adversidade no longo prazo”, explicou Vivanco.

Fonte: R7

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