ARACAJU/SE, 1 de julho de 2024 , 7:40:02

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Rombo fiscal do país chega a mais de R$ 280 bilhões, mesmo com aumento de receita

 

O déficit primário – que exclui o pagamento de juros da dívida – subiu para R$ 280,2 bilhões no acumulado de 12 meses. O saldo negativo é o mais alto desde julho de 2021, quando totalizou R$ 305,5 bilhões. O Banco Central (BC) divulgou o relatório de estatísticas fiscais nesta sexta-feira (28).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os superávits registrados nas contas públicas em 2022 foram um “calote” do governo Jair Bolsonaro (PL). Na quarta-feira (26), disse que “antigamente” pedalada era crime.

O setor público consolidado – formado por União, estados, municípios e estatais – registrou déficit primário de R$ 1,062 trilhão no acumulado de 12 meses até maio. Esse foi o maior saldo negativo da série histórica, iniciada em 2002. Mesmo excluindo o pagamento de juros da dívida, o rombo nas contas públicas está em alta e no maior valor desde junho de 2021.

O déficit aumentou em maio no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mesmo com a arrecadação de R$ 203 bilhões no mês, que bateu recorde para o mês na série histórica, iniciada em 1995.

O déficit nominal corresponde a 9,57% do Produto Interno Bruto (PIB). Havia registrado saldo negativo de R$ 1,043 trilhão em abril. Um dos motivos para a alta é o pagamento de juros da dívida, que somou R$ 781,6 bilhões no acumulado de 12 meses até maio. Esse é o maior valor da série histórica.

O maior pagamento de juros da dívida é, em parte, explicado pelo patamar contracionista da taxa básica, a Selic, nos últimos anos. Atualmente, o juro base está em 10,5% ao ano.

Contas em maio

O país registrou déficit nominal de R$ 138,3 bilhões em maio. O rombo foi o maior para o mês desde 2020. O setor público consolidado gastou R$ 74,4 bilhões em maio com o pagamento dos juros da dívida.

O déficit primário (sem juros da dívida) somou R$ 63,9 bilhões, o maior valor para o mês desde 2020.

Correção pela inflação

O recorde histórico do recorde nominal em valores corrigidos pela inflação foi em outubro de 2020, quando atingiu R$ 1,299 trilhão no acumulado de 12 meses.

Já o recorde do déficit primário (que exclui dívida pública) foi em dezembro de 2020, quando somou R$ 887,5 bilhões no acumulado de 12 meses.

Fonte: Poder360

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