ARACAJU/SE, 28 de junho de 2025 , 2:34:41

Seca encarece tarifa de energia elétrica e força adoção de novos hábitos de consumo

 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou uma informação antecipada pelo Conexão Política: a bandeira tarifária para o mês de outubro seguirá vermelha, subindo para o patamar 2, o mais caro dentro do sistema de bandeiras tarifárias criado em 2015.

A mudança, prevista para começar nesta terça-feira (1º) e válida até o fim do mês, trará um agressivo acréscimo na conta de luz, como havia mostrado o Conexão Política.

Com essa mudança, haverá um acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Atualmente, com a bandeira no patamar 1, o valor adicional é de R$ 4,46 por 100 kWh.

A principal razão para o acionamento do patamar 2 da bandeira vermelha é a seca, que tem encarecido a geração de energia elétrica, afetando diretamente o custo repassado aos consumidores. A última vez que o patamar 2 foi acionado foi em agosto de 2021.

Entre abril de 2022 e julho de 2024, o Brasil esteve em bandeira verde, o que significa ausência de cobrança extra na conta de luz. Em agosto de 2024, a bandeira mudou para amarela e, no mês seguinte, para vermelha no patamar 1, com uma taxa extra de R$ 4,40 a cada 100 kWh.

De acordo com a Aneel, a decisão de aumentar a tarifa está relacionada ao risco hidrológico e às previsões de baixa pluviosidade em outubro, além do possível aumento no preço da energia no mercado. A escassez de chuvas, especialmente na região Norte, tem afetado a geração de energia nas usinas hidrelétricas, forçando o acionamento de usinas termelétricas, que produzem eletricidade a um custo mais elevado.

Esse novo aumento nas tarifas também pode ter impacto direto sobre a inflação, que já está próxima do teto da meta do Banco Central (BC), estabelecida em 3%, com limite inferior de 1,5% e superior de 4,5%. Até julho, a inflação acumulada em 12 meses foi de 4,5%, atingindo o teto da meta.

Fonte: Conexão Política

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