ARACAJU/SE, 27 de setembro de 2025 , 18:26:00

Cyberbullying: Confira 4 dicas de como escolas e educadores podem ajudar a evitar casos

 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 33,8% dos adolescentes que usam redes sociais já sofreram alguma forma de cyberbullying, prática que consiste em humilhação, difamação e/ou intimidação em ambientes virtuais.  O dado é um alerta para a necessidade de práticas de prevenção, bem como a criação de um programa de Educação Midiática e Digital nas escolas, área de estudo com propostas e pilares presentes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

No contexto atual, é imprescindível que a escola olhe para o ambiente digital buscando entender a juventude e compreender os alunos. De acordo com a gerente pedagógica da plataforma par, Talita Fagundes, a escola e a equipe pedagógica, formada por profissionais como coordenadores, professores e orientadores, não pode ignorar a necessidade de tratar as temáticas relacionadas ao contexto digital. “A instituição deve adotar ações educativas, informativas e práticas constantes que incentivem o uso consciente da tecnologia. Ou seja, é função da escola não somente apresentar e utilizar as tecnologias com finalidades pedagógicas, mas também formar para a Educação Digital e Midiática”, afirma.

Nesse sentido, de acordo com a educadora, uma das alternativas seria promover debates para mostrar a importância do equilíbrio entre o universo digital e o físico. Para isso, é necessário mostrar aos alunos que o celular pode ser um aliado na aprendizagem, quando utilizado de maneira consciente. Além disso, também é crucial conversar com os estudantes sobre os perigos da internet e o reconhecimento de fake news, notícias falsas circuladas em grupos de conversas on-line e redes sociais.

Dessa maneira, de forma integrada às práticas de Educação Digital e Midiática, é recomendável que a escola tenha um currículo de habilidades socioemocionais na grade. Diante desse cenário, Talita aponta quatro dicas de como as escolas e os educadores podem apoiar emocionalmente seus alunos, evitando casos de cyberbullying. Confira:

  1. Procure ouvir atentamente aos alunos: desenvolva programas de escuta, que gerem um ambiente seguro para que os alunos se manifestem, troquem dúvidas e reflitam;
  2. Seja referência para os estudantes: de acordo com a gerente pedagógica, ter um adulto de referência, para o qual os alunos possam pedir apoio quando necessário, é fundamental;
  3. Promova rodas de discussão: discuta sobre casos reais. Dilemas divulgados em reportagens, por exemplo, são uma estratégia efetiva;
  4. Pratique a leitura: utilizar a literatura como geradora de reflexões e se apoiar em propostas dos livros didáticos são práticas eficazes.

Relação de parceria com as famílias

Para Talita, deve ser função da escola apoiar as famílias nesse processo de entendimento sobre o cyberbullying, sugerindo, por exemplo, práticas de cuidado com o conteúdo digital que os filhos acessam e do tempo de uso recreativo das telas.  Para isso, segundo ela recomenda, a instituição de ensino pode promover debates e reflexões entre os responsáveis com palestras e materiais de estudo. De acordo com a gerente pedagógica, essas ações são essenciais para garantir um ambiente seguro e saudável.

“Todos esses recursos e cuidados possuem como objetivo formar alunos para terem autonomia. Ou seja, permitir que evoluam ao ponto de, de modo protagonista e autônomo, saberem lidar com os contextos digitais de modo a preservarem o respeito, a ética e o autocuidado”, finaliza.

Foto: Freepik

 

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