A prática da escrita faz parte do cotidiano de muitos. Dos hobbies ao profissional, o ato de escrever pode trazer finalidades distintas: enviar uma mensagem a alguém, contar como foi o próprio dia ou, ainda, publicar uma obra literária. E seu exercício contínuo vem acompanhado de aumento de repertório e conceituação de ideias, elementos considerados essenciais para a comunicação.
No entanto, o problema surge quando a elaboração textual acaba estagnada em “barreiras invisíveis”, como descrito por Ana Macedo, assessora editorial e cofundadora da VC.autor – primeira franquia de assessoria editorial do país. Segundo a especialista, os obstáculos não possuem relação com a falta de capacidade de quem escreve, mas sim no medo de errar e nas cobranças excessivas.
“Quando se trata de escrita, não estamos falando apenas da técnica, mas também da intenção e da clareza no conteúdo. Escrever bem é um processo contínuo, que exige prática, repertório e disposição para revisar. E, ao reconhecermos os bloqueios que nos impedem de avançar, conseguimos destravar as ideias e permitir que o texto volte a ganhar movimento e naturalidade”, explica.
Diante do cenário, Macedo elaborou 7 dicas para quem deseja melhorar a escrita de forma simples:
- Comece com a ideia principal – Antes de escrever qualquer linha, é preciso identificar qual é a mensagem central. Saber exatamente o que deseja comunicar evita rodeios e deixa o texto mais objetivo desde o início.
- Prefira frases curtas – Escrever frases longas tendem a criar confusão e cansar o leitor. O ideal é dividir os tópicos em períodos menores para ajudar a manter o ritmo e facilitar a compreensão.
- Corte o que não faz diferença – Palavras desnecessárias, repetições e introduções longas podem enfraquecer o texto. É preciso lembrar de que uma boa escrita é, muitas vezes, resultado do que é removido, ao contrário do que é acrescentado.
- Leia em voz alta – Ouvir o próprio texto revela falhas de ritmo, repetições e trechos truncados. Caso você tropece ao ler, o leitor tende a tropeçar também.
- Varie o vocabulário sem exagerar – Sinônimos são sempre bem-vindos, mas não precisam soar rebuscados. Um bom caminho é usar palavras naturais e adequadas ao contexto, mantendo proximidade com quem o lê.
- Revise em camadas – Revisar tudo ao mesmo tempo torna o processo mais difícil e faz passar detalhes importantes. Primeiro, revise a ideia geral; depois, a clareza das frases; e, por fim, ortografia e gramática.
- Leia bons textos – A leitura é combustível direto para a escrita. Observar a estrutura, o ritmo e as escolhas de quem escreve bem ajuda a incorporar novas técnicas.
Além das dicas, a especialista também destaca um método descrito como “LEVE”, um sistema de mentoria e acompanhamento criado para ajudar qualquer pessoa a escrever um livro, mesmo que sem experiência prévia. “É uma técnica que combina planejamento de escrita, suporte emocional e guia personalizado, permitindo que o autor organize seus pensamentos e conclua o projeto com segurança”, finaliza
