ARACAJU/SE, 11 de maio de 2025 , 8:13:30

Inserção no Trabalho: Saumíneo Nascimento assume diretoria

O economista sergipano Saumíneo da Silva Nascimento já está em Brasília, onde assumiu na quarta-feira, 06, a Diretoria do Departamento de Apoio à Inserção no Trabalho, vinculada à Secretaria de Inclusão Socioeconômica do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Nomeação atendeu a convite formulado pelo Secretário Luiz Carlos Everton de Farias e pelo Ministro da pasta, Wellington Dias. Ciente dos desafios, Saumíneo diz que vai trabalhar pela qualificação profissional com foco na inserção das pessoas no mercado de trabalho.

Ele explica que o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome cuida justamente da população vulnerável, bastante elevada especialmente nas regiões Norte e Nordeste, mas faz questão de ressaltar que o trabalho é para o país inteiro. Pretende fazer articulações e parcerias com setor produtivo, com organizações sociais, também com universidades e entidades que apoiam a inclusão das pessoas no mercado de trabalho, principal foco de atuação da Diretoria que assumiu.

Falando especificamente de Sergipe, onde, conforme um estudo da UFS há 143.313 jovens que nem estão estudando, nem estão trabalhando, Saumíneo destaca que é preciso haver capacitação para que as pessoas possam estar aptas a atender as demandas que o setor produtivo necessita, principalmente em um mundo com avanços tecnológicos constantes. “Então, primeiro teremos o trabalho de articulação para que esta capacitação seja possível de ser disseminada em todos os estados do país, nos diversos municípios de cada estado, para que tenhamos efetividade. O trabalho será articulado com secretarias estaduais que trabalham a inserção no mercado de trabalho, que são as secretarias de Assistência Social, bem como as secretarias do Trabalho. Já existe alguns protocolos firmados e primeiro tem que ter um estudo para verificar a viabilização. Já existem parcerias firmadas com grandes empresas, mas também precisamos das médias e das pequenas para que estas também apoiem esse processo de identificação e qualificação da mão de obra a ser inserida. O trabalho básico será inicialmente com aqueles que estão em situação de vulnerabilidade, mas atenderemos a todos que necessitam do apoio à inserção ao trabalho.

Sobre a falta de mão de obra qualificada em áreas como tecnologia da informação, dentre outras, Saumíneo comenta que existem assimetrias de informações. “Ou seja, diferenças de informações entre quem necessita da mão de obra e de quem qualifica, capacita e prepara. Tem também a parte formal que é a Educação:  ensino básico, ensino superior ensino técnico e também a qualificação continuada. Tudo isso é necessário e tem que atender as expectativas do setor que demanda. Então, essa articulação é um papel que nós iremos desenvolver. Vale lembrar que nós tivemos um desemprego crescente na época da pandemia da covid-19. O Brasil e muitos países ainda estão em um processo de recuperação. A taxa de desemprego do país vem declinando, ela tá aí na casa de 7%, mas no Nordeste essa taxa é superior a 10% . Aqui em Sergipe o percentual é um pouco menor da média do Nordeste, mas existem muitas pessoas que não conseguem acesso ao mercado de trabalho, porque elas não atendem aos requisitos que são exigidos para serem inseridas e é a busca do atendimento destes requisitos, a facilidade de inserção ao trabalho que iremos desenvolver para ajudar o Brasil a ter um patamar melhor de Desenvolvimento Social”.

 

Saumíneo Nascimento diz que o Pleno Emprego no país será alcançado quando a taxa de desemprego ficar abaixo de 5%. Porém, observa que essa taxa é muito maior nas populações vulneráveis.

Quanto ao elevado número de pessoas que recebem benefícios sociais no estado, Saumíneo diz que o grande objetivo é que essas pessoas tenham a dignidade de ter um emprego, para que elas tenham renda e com ela seja possível atender as suas necessidades. “ O objetivo é sempre desvincular esse cidadão do programa de transferência de renda. Temos um desafio grande porque o Brasil é um país rico. Está entre as principais economias do mundo, porém é um dos países mais desiguais do mundo. Nós estamos entre os 10 países mais desiguais, então temos que reduzir essa desigualdade é também fazer a inserção das pessoas no empreendedorismo e no mercado de trabalho. Os números revelam que Sergipe tem um desafio enorme. São necessários que muitos empreendimentos estejam oportunizando emprego, e que muitos empreendimentos aportem no estado, oferecendo trabalho para à população.

Falando sobre a promoção de igualdade social, Saumíneo lembra que quanto maior a taxa de desemprego, quanto menor o número de pessoas inseridas no mercado de trabalho, maior a necessidade de atendimento. Ele diz que todas as regiões do país precisam e terão atendimento da Secretaria de Inclusão Socioeconômica do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, mas destaca que há regiões que necessitam de maior atenção, a exemplo do Nordeste por conta das condições históricas da própria informação econômica do Brasil. “Desde o período da colonização até os tempos atuais que nós temos muitas desigualdades do ponto de vista de alocação de fatores produtivos, seja na indústria, no comércio e no setor agropecuário. Vamos buscar um país mais igual”, explica, acrescentando que o Norte e o Nordeste tem avançado, mas ainda há muitos desafios do ponto de vista de redução dessa desigualdade que é crescente. “ Entendemos que a possibilidade de inserir pessoas no mercado de trabalho ou fazer com que as pessoas empreendam pode reduzir, sim, essas desigualdades existentes e que vinculam a necessidades constantes de programas sociais não só federais como estaduais e municipais. Sabemos que o Estado de Sergipe tem programas sociais e alguns municípios também”, cita.

Empreendedorismo – Saumíneo Nascimento destaca que é a Educação que propicia a mudança de patamar não só econômico, mas social e também de convivência na relação com a sociedade, uma vez que as pessoas que conseguem o acesso à educação entendem melhor a sociedade e isso também passa pela educação básica.

No Brasil há indicadores que demonstram a melhoria do acesso à educação das Crianças. “Eu entendo que a premissa básica primordial é a Educação e com o Ministério da Educação nós vamos ter articulações constantes, para que programas de qualificação, programas de Formação sejam efetivados em parceria com setor privado e com organizações sociais para que tudo isso seja possível inviável”, observa.

Primeiro emprego – Sobre a dificuldade que o jovem encontra para ingressar no mercado de trabalho, Saumíneo diz que a questão do primeiro emprego, tem que ser vinculado a uma preparação de experiência. “As discussões com as Federações que representam o setor produtivo são para viabilizar com que aqueles que não possuem experiência, tenham a oportunidade de adquirir experiência prática, nas próprias empresas, viabilizando sim a inserção delas. Esse desafio da garantir experiência profissional aos jovens está na pauta do que nós deveremos desenvolver na diretoria”, diz.

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