Teve alguns percalços, é verdade, mas o Brasil cumpriu seu primeiro objetivo no Mundial de Vôlei Feminino 2025 realizado na Tailândia. O país confirmou o favoritismo, derrotou Porto Rico na última rodada da primeira fase nesta terça-feira, 26 de agosto, e avançou às oitavas de final como líder do Grupo C.
A vitória contra as portorriquenhas foi confirmada em quase uma hora e meia de confronto com 3 a 0 no placar, parciais de 25/19, 25/13 e 25/18. O resultado mantém a invencibilidade das brasileiras na competição, com três vitórias e apenas dois sets perdidos (ambas contra a França na segunda rodada).
Assim como no confronto contra as francesas, o saque e o bloqueio foram os diferenciais da equipe nesta vitória. Os dois fundamentos foram os responsáveis pela vantagem construída nos três sets. Foram 17pontos de bloqueio e mais três aces, além de quebrar a recepção das adversárias em muitas ocasiões.
As duas centrais do Brasil foram as destaques da partida. Júlia Kudiess foi a maior pontuadora da equipe com 14 pontos (seis de bloqueio) e Diana aparece na sequência com 13 (quatro de bloqueio). Júlia Bergmann contribuiu com mais 11 pontos, seguida por Gabi e Kisy, cada uma com oito.
Depois do vice-campeonato na Liga das Nações de Vôlei (VNL) 2025, o Brasil busca um título inédito para a modalidade no Mundial de Vôlei Feminino 2025. Mesmo com um bicampeonato Olímpico em Beijing 2008 e Londres 2012, o país jamais foi campeão mundial com as mulheres – as melhores campanhas foram quatro vice-campeonatos (1994, 2006, 2010 e 2022).
Agora, a seleção feminina de vôlei do país aguarda a definição das adversárias nas oitavas de final. Como líder do Grupo C, as brasileiras enfrentarão as segundas colocadas do Grupo F. República Dominicana e República Popular da China se enfrentam nesta quarta-feira, dia 27, para definirem as duas primeiras posições na chave.
Brasil começa instável, mas bloqueio aparece novamente e garante vitória
Enquanto o Brasil foi à quadra com duas vitórias na última partida da primeira fase do Mundial de Vôlei Feminino 2025, a seleção de Porto Rico já estava eliminada com duas derrotas. Porém, a tão esperada vitória tranquila das brasileiras custou a aparecer no primeiro set da partida realizada nesta terça, dia 26.
Com dificuldade na recepção e de marcar o bloqueio rival, a equipe sofreu no início. Para se ter uma ideia, as portorriquenhas chegaram a abrir 3 a 1 e, mesmo quando levaram a virada por 10 a 6, buscaram a diferença no placar com três pontos seguidos e descontaram para 10 a 9. Um equilíbrio que poucos imaginavam ver e que prosseguiu até 13 a 11.
Foi a partir daí que o saque e, principalmente, o bloqueio do Brasil passou a funcionar. A equipe fez cinco pontos consecutivos e, com dois bloqueios seguidos de Júlia Bergmann e Júlia Kudiess, abriu 18 a 11 – vantagem mais do que suficiente para vencer a parcial por 25 a 19 e abrir o placar.
A vitória no primeiro set trouxe tranquilidade para as jogadoras brasileiras – que iniciaram o segundo set na mesma pegada.
Em dois ataques, Diana e Júlia Bergmann abriram 6 a 2 e a diferença aumentou gradativamente na parcial. Com bloqueio de Gabi e mais um ponto de ataque de Bergmann, chegou a 16 a 9. Outros seis pontos consecutivos levaram a diferença para 12 pontos (23 a 11) e garantiram o 2 a 0 com parcial de 25 a 13.
Por fim, no terceiro set, Porto Rico foi ao ataque para garantir uma sobrevida no placar. Forçou mais o saque para quebrar o passe brasileiro e até teve sucesso no início, mantendo o equilíbrio até meados da parcial (chegou a estar perdendo por apenas um ponto com 11 a 10).
A passagem de Diana no saque, contudo, quebrou a recepção – e o ímpeto – do país. Foram seis pontos seguidos provenientes de ataques das brasileiras ou erros das portorriquenhas. Com 17 a 10 no placar, bastou às brasileiras manterem a calma para confirmarem a vitória.
Júlia Kudiess e Rosamaria (de bloqueio) aumentaram a diferença para nove pontos (21 a 12). Nem mesmo quatro pontos seguidos de ataque das adversárias incomodaram a seleção feminina de vôlei do Brasil, que fechou em 25 a 18 com um ataque de Diana.
Fonte: Olympics.com