ARACAJU/SE, 24 de novembro de 2024 , 18:49:48

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Locatelli repete gesto de CR7 e troca refrigerante por água

 

A atitude de Cristiano Ronaldo de retirar garrafas de Coca-Cola da bancada da sala de imprensa da Eurocopa ainda repercute entre os participantes do torneio. O francês Paul Pogba repetiu o gesto com uma cerveja na terça-feira. Na quarta-feira, foi a vez do italiano Manuel Locatelli deixar claro que troca o refrigerante pela água. Nesta quinta-feira, o escocês John McGinn fez piada quando percebeu que não lhe ofereceram a bebida açucarada.

Locatelli entrou no local da entrevista com uma garrafa de água na mão e a posicionou na frente do microfone enquanto afastava o refrigerante. McGinn começou a beber o líquido antes de iniciar a entrevista e ainda brincou: “Nada de Coca?”.

Por outro lado, há quem mostre no encontro com jornalistas que é fã da bebida que tem gerado controvérsias. O técnico da Rússia, Stanislav Cherchesov, é um deles. Enquanto falava sobre a vitória de sua equipe contra a Finlândia em São Petersburgo abriu uma garrafa que estava ao lado de seu microfone e tomou vários goles sem pensar duas vezes.

Debate sobre marketing no esporte

Os registros trouxeram à tona questões como o uso da imagem dos atletas nos grandes eventos e os conflitos de interesses entre patrocínios e posições de cunho pessoal ou religioso em uma época em que cada vez mais os atletas não têm se limitado a questões técnicas e táticas e têm se posicionado perante a sociedade.

Especialistas da área jurídica e de marketing esportivo apontam que cada contrato de trabalho e patrocínio já deve possuir cláusulas específicas sobre a conduta dos jogadores. “Os próprios atletas já sinalizam antecipadamente suas objeções, mas vale sempre a atenção de conhecer a fundo os limites de cada exposição com a experiência de saber a força negativa ou positiva que uma ação de marketing pode proporcionar”, pondera Renê Salviano, especialista em negócios do esporte.

Justamente para fazer uso da imagem de todos os envolvidos no evento — principalmente os grandes astros —, os organizadores preveem nos regulamentos a obrigatoriedade da presença de técnicos e jogadores antes e após as partidas. Mas cada ponto, segundo os especialistas, têm de estar claro no contrato.

No caso da Eurocopa, o treinador e o melhor jogador da partida são os convocados para as coletivas. O regulamento da competição, inclusive, diz que “cada federação participante deve apoiar e garantir que seus jogadores, treinadores e funcionários apoiem o programa comercial estabelecido pela Uefa para explorar os direitos de marketing no torneio”.

Apesar de poder haver algum tipo de sanção prevista em contrato — as federações seriam punidas —, os especialistas não acreditam em qualquer punição aos envolvidos. Em nota, a Coca-Cola — que viu suas ações na Bolsa de Nova York sofrerem desvalorização de US$ 3,1 bilhões — afirmou que “todos têm direito a preferências em bebidas” e que as pessoas têm “gostos e necessidades” diferentes. A Heineken não se pronunciou.

Fonte: Extra

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