ARACAJU/SE, 18 de novembro de 2025 , 21:21:15

COP30: em mensagem, Papa Leão XIV defende Acordo de Paris e cobra ações para combater mudanças climáticas

 

“O Acordo de Paris tem impulsionado um progresso real e continua sendo nossa ferramenta mais poderosa para proteger as pessoas e o planeta”. Foi o que defendeu o Papa Leão XIV durante mensagem exibida no Museu Amazônico de Belém, cidade-sede da COP30, nessa segunda-feira (17). O pontífice saudou igrejas do Sul Global e destacou a “necessidade de cuidado” da floresta.

“Vocês escolheram a esperança e a ação frente à desesperação, construindo uma comunidade global que trabalha em conjunto. Tem se alcançado avanços, mas não suficientes. A esperança e a determinação devem se renovar, não só com palavras e aspirações, mas também com ações concretas”, cobrou o papa.

O pontífice destacou a ocorrência de “enchentes, secas, tormentas e um calor implacável” e que “uma a cada três pessoas vive em grande vulnerabilidade em consequência dessas mudanças (climáticas)”.

“Para elas, a mudança climática não é uma ameaça distante. Ignorar essas pessoas é negar nossa humanidade compartilhada. Ainda há tempo para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C, mas a janela está se fechando. Como custódios da criação de Deus, somos chamados a agir com rapidez, fé e profecia para proteger o dom que Ele nos confiou”.

O líder religioso afirmou que “o que está falhando é a vontade política de alguns”. Para o papa, “a verdadeira liderança implica serviço e apoio em uma escala que possa fazer realmente a diferença”.

“Ações climáticas mais contundentes criarão sistemas econômicos mais sólidos e justos. Medidas políticas e climáticas firmes constroem uma inversão em um mundo mais justo e estável”.

O pontífice defendeu que a Igreja caminha junto com cientistas, lideranças e pastores de todas as nações e credos.

“Somos guardiões da criação, não rivais por seus bens. Enviemos juntos uma mensagem global clara: as nações permanecem unidas na firme solidariedade com o Acordo de Paris e a cooperação climática”.

O papa disse esperar que o Museu Amazônico “seja recordado como o espaço onde a humanidade escolheu a cooperação frente à divisão e a negação”.

Fonte: O GLOBO

 

 

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